O Indicador de Incerteza da Economia Brasileira (IIE-Br) sofreu uma redução de 2,3 pontos, passando de maio para junho e alcançando 110,6 pontos, segundo dados divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta sexta-feira (28). Entretanto, ao analisar a métrica de médias móveis trimestrais, o indicador do Brasil subiu 2,3 pontos.
Estrutura do IIE-Br
O IIE-Br possui dois componentes principais: o IIE-Br Mídia e o IIE-Br Expectativa. O componente Mídia monitora a frequência de notícias relacionadas à incerteza nos principais jornais, enquanto o componente Expectativa se baseia nas dispersões das previsões para a taxa de câmbio e o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).
Em junho, o componente Mídia caiu 3,4 pontos, atingindo 110,8 pontos, o que contribuiu com -3,0 pontos para o índice geral do IIE-Br. Por outro lado, o componente Expectativa aumentou 2,8 pontos, alcançando 105,1 pontos, e contribuiu com 0,7 ponto para o índice do mês.
Economista da FGV
Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, explicou que o ajuste no componente de mídia, após um aumento no mês anterior devido ao desastre climático no Sul do país, contribuiu para a diminuição do indicador de incerteza em junho.
“O componente de expectativas, por sua vez, aumentou pelo segundo mês consecutivo, refletindo a crescente incerteza em relação à futura evolução da inflação e dos juros no Brasil, além do desafiador cenário internacional”, explicou a economista.
Ela acrescentou que, nos próximos meses, é provável que o IIE-Br mantenha-se próximo dos 110 pontos, sinalizando um nível de incerteza ainda ligeiramente desconfortável.
Coleta de Dados
A coleta do Indicador de Incerteza da Economia do Brasil ocorre entre o dia 26 do mês anterior e o dia 25 do mês de referência, permitindo um acompanhamento preciso das flutuações e tendências da incerteza econômica no país.
