Em junho, o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do complexo industrial do Brasil subiu de 52,1 em maio para 52,5. Este indicador, que mede a atividade industrial, mostra expansão quando acima de 50 pontos. Conforme informado pela S&P Global, o crescimento reflete uma aceleração na produção e nos estoques de insumos.
Entretanto, o setor industrial enfrentou desafios em junho, com o nível de preços atingindo o maior patamar em dois anos. A desvalorização do real em relação ao dólar americano, ocorrida em 21 de junho, foi um fator crucial para o aumento das pressões de custo. Pollyanna Lima, diretora associada de Economia da S&P Global, afirmou que a inflação dos custos restringiu o crescimento das vendas e da produção.
PMI Industrial do Brasil: medidas adotadas pelas empresas
Para proteger suas margens de lucro, as empresas aumentaram os preços de venda e reduziram as compras de insumos e a criação de empregos. Embora a depreciação do real pudesse ter favorecido as exportações, o aumento nos preços prejudicou a competitividade internacional, resultando em um aumento marginal nos pedidos do exterior.
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Apesar dos obstáculos econômicos, a criação de empregos no setor industrial continuou a crescer de forma considerável, corroborando os dados oficiais do mercado de trabalho. Além disso, a confiança nos negócios aumentou em junho, o que pode estimular novos investimentos e o crescimento econômico nos próximos meses. Pollyanna Lima destacou que o otimismo das empresas e os investimentos em novos equipamentos e fábricas são sinais positivos para o futuro.
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Comparação com o mês anterior
Em maio, o PMI Industrial do Brasil registrou 52,1, um declínio em relação aos 55,9 de abril. Embora houvesse uma expansão menor, o índice permaneceu acima da marca neutra de 50, indicando melhora contínua na saúde do setor industrial. As enchentes no Rio Grande do Sul e a retração da demanda foram fatores que restringiram o crescimento das vendas e da produção, além de aumentarem rapidamente os custos de insumos.