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PIB do Brasil cresce 0,3% em maio com forte demanda interna

PIB cresce em maio impulsionado por demanda interna

Moeda Brasileira - Dinheiro - PIB - Selic - fundos de pensão - Brasil - rendimento; desoneração folha de pagamentos - crédito - arrecadação - Moody's - Poupança - crédito - PIB do Brasil - déficit - Copom - IBC-Br
(Imagem: José Cruz/Agência Brasil)
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(Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

A economia do Brasil registrou um crescimento de 0,3% na passagem de abril para maio, fortemente impulsionada pelo consumo interno. Comparado a maio de 2023, a expansão foi de 1,3%, enquanto nos últimos 12 meses o crescimento acumulado foi de 2,4%. Esses dados são do Monitor do PIB, divulgado nesta terça-feira (16) pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getulio Vargas (FGV).

A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, destacou que o consumo das famílias foi um dos principais motores da atividade econômica em maio.

“O crescimento da economia em maio, em relação a abril, foi fortemente influenciado pelo consumo das famílias, que registrou a maior alta do ano neste mês. Os investimentos também aumentaram nesse período, refletindo uma demanda interna aquecida,” afirmou Trece.

No entanto, a capacidade produtiva do país não acompanha a mesma intensidade da demanda interna. Segundo a economista, apenas a agropecuária apresentou crescimento, enquanto a indústria e o setor de serviços permaneceram estáveis.

A economista alertou que quando a demanda por bens e serviços excede a oferta, pode ocorrer pressão inflacionária. Contudo, Juliana Trece afirmou em uma entrevista a Agência Brasil que o desajuste de maio foi provavelmente um evento pontual.

“É mais um alerta do que um fato concreto. Se esse padrão persistir nos próximos meses, poderemos ver uma pressão da demanda sobre a capacidade produtiva, com potencial para aumentar a inflação,” explicou.

PIB do Brasil

O Monitor do PIB da FGV oferece uma análise detalhada dos indicadores que compõem o PIB, com levantamentos trimestrais para melhor entendimento da trajetória dos dados. No trimestre móvel encerrado em maio, o consumo das famílias aumentou 4,6% em relação ao mesmo período de 2023, com destaque para o consumo de serviços e produtos não duráveis.

Comércio exterior

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que reflete o nível de investimento em máquinas e equipamentos, cresceu 4,5% no trimestre móvel comparado ao mesmo período do ano anterior. Em maio, a taxa de investimento da economia brasileira foi de 18%, ligeiramente acima da média histórica desde 2000, que é de 17,9%.

As exportações cresceram 3,2%, embora esse resultado represente uma desaceleração em relação ao crescimento de 8,5% registrado no trimestre encerrado em abril. A venda de produtos agropecuários para outros países foi negativa, atuando como um freio para as exportações. Em contrapartida, as importações aumentaram 10,3%, o que não contribui diretamente para o crescimento do PIB e limita a expansão econômica do país.

PIB e IBC-Br

A FGV estima que o PIB do Brasil em maio seja de R$ 4,528 trilhões. Os números são próximos do Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), que indicou um crescimento de 0,25% em maio.

Os dados oficiais do PIB são divulgados trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em junho, o IBGE anunciou que a economia brasileira cresceu 2,5% no primeiro trimestre do ano, com o resultado do segundo trimestre a ser divulgado em 3 de setembro.