O Ibovespa mostrou força e resistência nesta quarta-feira (17), operando em alta apesar das pressões externas de Wall Street e da Vale (VALE3). O principal índice da B3 fechou com uma valorização de 0,26%. Sendo assim, o índice alcançou 129.450,32 pontos, refletindo o apetite ao risco dos investidores locais.
O dólar à vista (USBRL) também teve um dia de valorização, encerrando a sessão cotado a R$ 5,4838, um aumento de 1,00%. Os investidores monitoraram de perto o cenário fiscal e as recentes declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que adicionaram incertezas ao ambiente econômico doméstico.
A Fundação Getúlio Vargas (FGV) anunciou que o Índice Geral de Preços-10 (IGP-10) registrou uma alta de 0,45% em julho, desacelerando em relação ao aumento de 0,83% observado no mês anterior. No entanto, no acumulado de 12 meses, o IGP-10 subiu 3,38%, abaixo das expectativas do mercado.
Principais movimentações do Ibovespa
Entre os destaques de alta, Americanas (AMER3) viu suas ações subirem 11% durante o pregão, embora continuem abaixo de R$ 1. A Oi (OIBR3) registrou uma queda de mais de 14% após uma proposta pela Oi Fibra ser menor que o valor mínimo estipulado para o leilão.
Usiminas (USIM5) foi um dos maiores ganhos do dia, mesmo diante da queda do minério de ferro na China. A notícia de que a BlackRock aumentou sua participação na Usiminas impulsionou a valorização das ações da empresa.
Vale
Vale (VALE3), por sua vez, teve um desempenho negativo. A empresa teve uma queda de mais de 1%, apesar dos resultados acima do esperado no relatório de produção e vendas do segundo trimestre. A empresa está sob o olhar atento dos investidores, especialmente em relação ao processo de sucessão de seu CEO, Eduardo Bartolomeo, cujo mandato termina em dezembro. Entretanto, eles devem apresentar uma lista tríplice para a sucessão em setembro.
Outras movimentações
Petrobras (PETR3;PETR4) fechou em alta, seguindo a tendência positiva do preço do petróleo. Em contrapartida, CVC (CVCB3) foi a maior queda do Ibovespa, pressionada pela alta dos juros futuros e pela valorização do dólar frente ao real.
