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A cédula de R$ 200: um desafio de aceitação no Brasil

Desvendando a baixa circulação da cédula de R$ 200

Nota-200-segue-desuso-BC
Entenda porque a nota R$200 segue em baixa/(Foto: divulgação BC)
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Entenda porque a nota R$200 segue em baixa/(Foto: divulgação BC)

Lançada em setembro de 2020, no auge da pandemia de Covid-19, a cédula de R$ 200, adornada com a imagem do lobo-guará, não conseguiu se popularizar entre os brasileiros. A cédula foi introduzida em um momento de crise sanitária global, visando atender à crescente demanda por dinheiro em espécie. No entanto, três anos após seu lançamento, ela permanece uma raridade.

Dados do Banco Central (BC) mostram que, em 1º de agosto de 2023, havia 144,74 milhões de cédulas de R$ 200 em circulação, um número inferior às 148,63 milhões de notas de R$ 1, que deixaram de ser emitidas em 2004. No total, existiam 7,67 bilhões de cédulas em circulação no início de agosto de 2023. 

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Produção e custo 

Produzir a cédula de R$ 200 é um processo caro. Em 2023, o custo de produção foi de R$ 325 por milheiro, totalizando aproximadamente R$ 146 milhões para as 450 milhões de unidades emitidas. A nota de R$ 200 é a mais cara de todas as cédulas brasileiras, seguida pela nota de R$ 20, que custa R$ 309 por milheiro. O Banco Central aloca anualmente cerca de R$ 142 milhões para o acondicionamento e guarda de numerário, incluindo todas as cédulas e moedas. 

Motivos da baixa circulação 

O Banco Central explica que a cédula de R$ 200 foi lançada para suprir a necessidade emergente de numerário durante a pandemia, quando muitos brasileiros optaram por manter reservas em espécie. Além disso, o pagamento do auxílio emergencial aumentou a demanda por cédulas. No entanto, a baixa popularidade da nota de R$ 200 sugere que a demanda inicial não se manteve. Como causa, está a massiva digitalização dos meios de pagamento. 

A introdução do PIX em novembro de 2020 revolucionou os pagamentos no Brasil. Em 2023, o PIX movimentou R$ 17,18 trilhões, representando 39% das transações financeiras do país. A facilidade e a redução de custos proporcionadas pelo PIX contribuíram para a diminuição do uso de dinheiro em espécie, afetando diretamente a circulação da cédula de R$ 200. Novas funcionalidades, como o PIX recorrente, estão previstas para 2024, enquanto o PIX automático está programado para 2025.