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Confiança do consumidor sobe em agosto com expectativas positivas

25 de março - Movimentação comércio - consumidor - confiança do consumidor
(Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)
25 de março - Movimentação comércio - consumidor - confiança do consumidor
(Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Em agosto, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) subiu pelo terceiro mês consecutivo, atingindo 93,2 pontos, segundo dados divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta segunda-feira (26). Essa alta, embora modesta, reflete uma leve melhora no sentimento dos consumidores em relação à economia, impulsionada principalmente por expectativas mais positivas para o futuro.

Anna Carolina Gouveia, economista do FGV/Ibre, destacou que tanto as percepções sobre o momento atual quanto as expectativas futuras contribuíram para a elevação do índice.

 “A combinação de uma atividade econômica resiliente, com o mercado de trabalho ainda forte e inflação sob controle, continua a apoiar a confiança dos consumidores. No entanto, o ritmo mais lento de crescimento indica que há uma certa cautela no ar”, afirmou a economista.

Renda mais alta

Contudo, ao contrário da tendência observada ao longo do ano, a alta de agosto foi liderada pelos consumidores de renda mais alta. Esse movimento foi especialmente forte entre aqueles com ganhos acima de R$ 9,6 mil mensais. Tradicionalmente mais sensível a mudanças econômicas, esse grupo demonstrou um aumento na confiança, indicando uma percepção de maior estabilidade e otimismo em relação ao futuro próximo

O Índice de Expectativas (IE), que mede o otimismo dos consumidores em relação aos próximos meses. É um aumento de 0,3 ponto, atingindo 101,4 pontos, consolidando sua terceira alta seguida. Paralelamente, o Índice da Situação Atual (ISA) também subiu 0,3 ponto, alcançando 81,9 pontos, o nível mais alto desde novembro de 2023.

Perspectivas econômicas

Entre os componentes do ICC, as expectativas para a situação futura da economia tiveram o maior impacto positivo. Elas subiram 2,0 pontos, alcançando 111,4 pontos, o maior nível desde abril deste ano. Além disso, o ímpeto para compras de bens duráveis também aumentou, registrando um crescimento de 1,1 ponto e atingindo 87,8 pontos, marcando a terceira alta consecutiva nesse quesito

Apesar do crescimento geral na confiança do consumidor, houve um ponto de preocupação. As expectativas para as finanças futuras das famílias caíram 2,3 pontos, fechando o mês em 104,8 pontos. Contudo, o declínio pode indicar uma apreensão crescente quanto à sustentabilidade financeira das famílias nos próximos meses, o que pode afetar o comportamento do consumidor no futuro.