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Aumento da Selic não deve impactar de imediato o mercado imobiliário, avalia especialista

(Foto: Dave Morgan/Pexels)
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O recente aumento da Selic em 0,25%, anunciado pelo Comitê de Política Monetária (Copom), não deve provocar grandes mudanças imediatas no mercado imobiliário, segundo especialistas. Ana Paula Zoller, sócia-diretora do Grupo Andrade Ribeiro, que está há mais de 45 anos na construção civil, compartilha sua análise. Para ela, apesar da alta, o setor permanece resiliente e deve alcançar um crescimento de 3% até o final deste ano.

Setor imobiliário preparado para oscilações da Selic

Com a elevação da Selic já sendo antecipada pelos principais agentes do mercado nos últimos anos, muitas empresas do setor imobiliário adotaram estratégias para mitigar os impactos dessas oscilações. Grandes players ajustaram suas operações financeiras para enfrentar esse cenário. Ana Paula destaca que essa preparação, somada à forte demanda por imóveis populares e de médio padrão, sustenta o otimismo. “A alta dos juros não deve alterar de forma relevante o cenário de curto prazo, uma vez que políticas como o programa Minha Casa Minha Vida seguem como importantes motores para o setor”, explica.

Embora a elevação da aumento da Selic no mercado imobiliário seja um fator de atenção, Zoller reforça que o impacto imediato será pequeno. “A medida tomada pelo Copom é moderada e não deve afetar de forma crítica o setor da construção civil no curto prazo”, comenta Zoller, ao abordar o recente aumento da Selic. Sinônimos como “elevação da Selic” ajudam a diversificar a mensagem, mantendo a compreensão clara.

Financiamentos acessíveis mantêm estabilidade

Outro fator crucial apontado por Zoller é o papel dos financiamentos bancários no equilíbrio do mercado. O acesso facilitado ao crédito imobiliário e a estabilidade inflacionária ajudam a manter o poder de compra dos consumidores. As taxas de juros competitivas e os prazos flexíveis proporcionados pelos bancos continuam a estimular as vendas e novos projetos. Isso não apenas preserva a confiança dos compradores, mas também fortalece o mercado de investimentos. “Esse cenário é essencial para garantir que tanto consumidores quanto investidores continuem acreditando no setor da construção civil”, observa, mencionando o contexto do aumento da Selic.

Projeção de crescimento revisada para o setor da construção civil

Em julho, a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) revisou suas previsões para o crescimento do setor, elevando as expectativas de 1,3% para 3% em 2024. As projeções, inicialmente mais conservadoras, foram ajustadas após uma análise mais positiva do mercado. No entanto, a CBIC adverte que o impacto da alta dos juros pode ser sentido a longo prazo, afetando principalmente os investimentos em habitação e infraestrutura, em face do aumento da Selic.

Apesar da recente elevação da taxa Selic, que passou de 10,5% para 10,75%, o setor imobiliário segue demonstrando solidez no curto prazo. Porém, especialistas alertam que os efeitos dessa alta poderão surgir a médio e longo prazo. “Mesmo com o crescimento de curto prazo, é preciso observar como o cenário macroeconômico irá se desenvolver nos próximos meses”, finaliza Zoller.