O brasileiro gasta, em média, R$ 1,4 mil por mês com cartão de crédito, conforme levantamento inédito realizado pela Serasa Experian, com base nos dados do Cadastro Positivo. O estudo revela um cenário de comportamento financeiro entre homens e mulheres, mostrando diferenças nos gastos médios e no pagamento das faturas.
O estudo, obtido com exclusividade pelo Broadcast (serviço de notícias do Grupo Estado), analisou informações de março de 2023 a março de 2024. O levantamento indica que, durante esse período, oito em cada dez consumidores pagaram suas faturas em dia, evidenciando um cuidado em manter o controle financeiro.
Segundo Luiz Rabi, economista da Serasa Experian, “Com os dados do Cadastro Positivo, é possível ter acesso a mais informações e, com isso, entender de forma mais completa o comportamento do consumidor. Consequentemente, o risco de crédito pode ser mais bem avaliado por parte dos credores.”
Diferença de gastos por gênero e faixa etária
Homens e mulheres apresentam diferenças nos gastos com cartão de crédito. De acordo com os dados da Serasa Experian, os homens possuem um tíquete médio de R$ 1,6 mil, enquanto as mulheres têm uma média de R$ 1,3 mil. Essa diferença pode refletir padrões de consumo distintos entre os gêneros. Além disso, o levantamento indica que pessoas entre 36 e 50 anos são as que mais consomem com cartão de crédito, com um gasto médio de R$ 1,5 mil. Já os brasileiros com até 25 anos apresentaram um menor gasto médio, ficando abaixo de R$ 1,2 mil em janeiro.
Renda e gastos com cartão de crédito
O estudo também aponta que os gastos no cartão estão diretamente ligados à renda dos consumidores. Na faixa de renda acima de dez salários mínimos, o tíquete médio é de R$ 3,7 mil. Por outro lado, consumidores que possuem renda de até um salário mínimo gastam, em média, R$ 417,51 no cartão de crédito.
Essa correlação entre renda e gasto revela um padrão de consumo que pode ajudar credores a avaliar o risco de crédito de forma mais assertiva.
“O acesso aos dados do Cadastro Positivo permite uma análise mais detalhada do comportamento do consumidor, facilitando decisões de crédito”, reforça Luiz Rabi, economista da Serasa Experian.