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O que leva um banco à falência? Fatores que você precisa saber

Você já pensou como um banco, que protege o dinheiro de milhões, pode falir? A fragilidade do sistema bancário brasileiro é mais comum do que se imagina. Má gestão, fraudes e crises de liquidez podem levar instituições financeiras ao colapso. Neste artigo, exploramos as causas das falências bancárias e o impacto do Fundo Garantidor de Créditos na proteção dos correntistas. Descubra como evitar que um banco quebre e o futuro dessas instituições essenciais. Entenda melhor esse tema crucial!
Os bancos operam utilizando o dinheiro depositado por seus clientes, não apenas guardando. (Foto: Yan Krukau/Pexels)

Você já se perguntou como um banco pode falir, mesmo sendo responsável por guardar e proteger o dinheiro de tantas pessoas? Para muitos, parece difícil acreditar que uma instituição bancária aparentemente sólida possa quebrar. No entanto, os bancos enfrentam riscos elevados, como gestão fraudulenta, inadimplência e crises de liquidez, que podem levar à falência. Entender esses fatores é essencial para compreender a fragilidade do sistema bancário brasileiro.

Como os bancos utilizam o dinheiro dos clientes?

Os bancos operam utilizando o dinheiro depositado por seus clientes. Além de guardá-lo, eles emprestam parte desse valor para gerar receita por meio de juros em produtos como empréstimos, cartões de crédito e financiamentos.

Mas, se o banco apenas empresta dinheiro, onde está o risco? O perigo surge quando essa concessão de crédito é realizada sem uma gestão de risco adequada, o que pode resultar em inadimplência elevada.

Quais fatores levam à falência de um banco?

As falências bancárias geralmente decorrem de má gestão, fraudes contábeis, falta de controle de riscos e crises de liquidez. Quando um banco adota uma política de crédito agressiva, ele se expõe a um risco crescente de inadimplência. Se muitos clientes deixam de pagar suas dívidas, a confiança dos depositantes é abalada, e isso pode desencadear uma corrida aos bancos, onde os clientes sacam seus depósitos em massa, resultando em um colapso financeiro.

Casos recentes de falência de bancos no Brasil

Em 2024, o BRK Financeira e a PortoCred, após enfrentarem problemas de liquidez, tiveram sua liquidação decretada pelo Banco Central. Esses são exemplos recentes de um processo que já afetou milhões de correntistas ao longo das décadas.

O impacto do Plano Real nas falências dos bancos

O Plano Real, lançado em 1994 durante o governo de Itamar Franco, foi um divisor de águas para o setor bancário. Ao implementar reformas econômicas para controlar a hiperinflação, o plano estabilizou a economia, mas impactou profundamente os bancos. Antes da estabilização, muitas instituições financeiras dependiam das receitas geradas pela inflação, que diminuíram drasticamente após as reformas.

Entre 1990 e 1993, as receitas inflacionárias representavam, em média, 4% do PIB. Em 1994, esse percentual caiu para 2%, e em 1995 foi reduzido a zero. Para compensar essa perda de receita, muitos bancos expandiram suas operações de crédito de forma descontrolada, sem avaliar adequadamente a capacidade de pagamento dos devedores, o que aumentou a vulnerabilidade de diversas instituições.

Essa vulnerabilidade ficou evidente com o colapso de vários bancos. Alguns dos que faliram durante as décadas de 1980 e 1990 incluem:

  • Banco Auxiliar
  • Banco de Mossoró (BMS)
  • Banco Econômico
  • Banco FonteCindam
  • Banco Halles
  • Banco Maisonnave
  • Banco Marka
  • Banco Mauá
  • Banco Nacional
  • Banco Pelotense
  • Banco Rural
  • Banco Santos
  • Banco Sulbrasileiro
  • Bamerindus
  • Bancesa
  • Banfort
  • Banorte
  • Comind
  • Haspa
  • Oboé Financeira

Bancos vendidos em períodos de dificuldade

Além dos bancos que faliram, muitos outros conseguiram ser vendidos, apesar de enfrentarem grandes dificuldades financeiras. Entre eles:

  • Banco BCN
  • Banco Boavista
  • Banco Geral do Comércio
  • Banco Bandeirantes
  • Banco América do Sul
  • Banco Bozano, Simonsen
  • Banco Excel-Econômico
  • Banco Multiplic
  • Banco Noroeste
  • Banco Pontual

A queda brusca nas receitas inflacionárias forçou muitos bancos a buscar alternativas para manter sua lucratividade, mas a expansão imprudente do crédito foi um erro grave, levando várias instituições à falência.

Descubra como a má gestão, crises de liquidez e o fim das receitas inflacionárias impactaram a falência de bancos no Brasil ao longo das décadas.
Marcas dos bancos que deixaram de operar mo mercado. (Reprodução internet)

O que acontece quando um banco vai à falência?

No Brasil, quando um banco enfrenta dificuldades financeiras graves, o caminho normalmente é a liquidação, sem possibilidade de retorno ao mercado. Ao contrário de outras empresas, os bancos não podem recorrer à recuperação judicial. A liquidação visa proteger os correntistas e evitar que o problema se espalhe pelo sistema financeiro.

Outro ponto é que os bens dos controladores e diretores estatutário ficam bloqueados para garantir o pagamento dos credores e entra a figura do liquidante, uma pessoa indicada pelo Banco Central, que será responsável por apurar todos os dados da instituição fechada.

Um fator crucial nessa proteção é o Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que garante até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ em caso de falência de uma instituição financeira. O FGC é mantido pelas próprias instituições financeiras, que contribuem com 0,01% do valor total dos depósitos. Esse fundo assegura que os correntistas possam recuperar seus depósitos em situações de liquidação, criando uma rede de segurança e ajudando a evitar perdas financeiras catastróficas.

Como evitar que um banco quebre?

A sobrevivência de um banco depende de uma gestão eficaz de risco. Concessões de crédito agressivas podem comprometer a capacidade de lidar com inadimplências e crises de liquidez. Além disso, a transparência é essencial para manter a confiança de clientes e investidores.

Fraudes contábeis e relatórios financeiros enganosos podem destruir rapidamente a reputação de um banco. Uma vez manchada, será difícil recuperá-la, mesmo com intervenções.

A Ausência de Compliance nos Bancos nos Anos 1990

Na década de 1990, a cultura de compliance ainda não estava presente nos bancos. Naquela época, as instituições financeiras utilizavam auditorias internas, cuja efetividade era muitas vezes questionada. O compliance, que surgiu depois, busca assegurar que as operações de uma empresa sigam as normas legais e regulatórias. Além disso, visa reduzir riscos e proteger tanto a reputação quanto os ativos da organização.

O Futuro dos Bancos e os Riscos de Falência

A história mostra que a gestão de risco responsável é a chave para evitar os perigos que podem levar à falência de um banco. No Brasil, a falência de uma instituição financeira é um evento de grande impacto, tanto para os correntistas quanto para a economia.

Com isso em mente, os bancos precisam ser rigorosos na gestão de crédito e liquidez. Caso contrário, até as instituições mais sólidas poderão enfrentar riscos sistêmicos insuperáveis.

Confira vídeo que irá lhe explicar melhor o que faz um banco falir:

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Confira a relação dos bancos que já foram extintos no Brasil.

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