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Massa falida do Banco Santos distribui R$ 365 milhões aos credores

Massa falida do Banco Santos distribui R$ 365 milhões aos credores
(Foto: Reprodução/Banco Santos).

A massa falida do Banco Santos, superando um passado conturbado, iniciou nesta segunda-feira (29) a distribuição de R$ 365 milhões para credores, após a Justiça aprovar o 9º rateio no dia 17.

Esse rateio, inicialmente proposto em dezembro, contemplava um valor bem menor, de R$ 163,8 milhões. No entanto, o recesso do Judiciário e pedidos de reserva, como honorários advocatícios, atrasaram a aprovação. Durante esse período, novos recursos foram incluídos no rateio, provenientes de acordos com empresas como o Grupo Veríssimo, Caoa, Hering, ValorCap, Bombril, e Coimex.

Credores e valores

A lista de credores do Banco Santos conta com 891 quirografários, totalizando R$ 580,662 milhões. Entre os maiores credores, estão:

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  • Fundo Real Grandeza: R$ 35,976 milhões.
  • FIDC NP Alternative Assets I (administrado pelo BTG): R$ 22,932 milhões.
  • Banco da Amazônia: R$ 15,531 milhões.
  • Oswaldo Pitol (empresário e pecuarista): R$ 11,156 milhões.

Este é o primeiro rateio após a morte de Edemar Cid Ferreira, fundador do Banco Santos, em janeiro deste ano. Sua morte, no entanto, não encerra as disputas judiciais e pendências financeiras que o banco ainda possui.

Histórico do Banco Santos

O Banco Santos foi fundado pelo empresário Edemar Cid Ferreira e em meados dos anos 2000 ganhou destaque nas manchetes. Ferreira foi acusado de dar um desfalque de R$ 2,9 bilhões no caixa da instituição, prejudicando cerca de 700 clientes, especialmente do segmento corporativo.

Intervenção do Banco Central

Diante do desfalque milionário, o Banco Central interveio no Banco Santos em 2004, alegando que a instituição não fazia o recolhimento do compulsório, uma parcela dos depósitos que deve ser repassada ao BC. A intervenção resultou na nomeação de um novo dirigente e na limitação de saques de clientes a R$ 20 mil para contas à vista e cadernetas de poupança.

Inicialmente, o rombo era estimado em R$ 700 milhões, mas esse valor foi revisado para mais de R$ 2 bilhões. Como consequência, o Banco Central decretou a falência do Banco Santos em 2005.

Consequências legais

Após a falência, os bens de Edemar Cid Ferreira e outros diretores foram bloqueados. Em 2006, Ferreira foi condenado a 21 anos de prisão por uma série de crimes financeiros, incluindo formação de quadrilha, desvio de recursos, evasão de divisas, e lavagem de dinheiro.

Ele foi preso preventivamente, mas libertado por decisão do Supremo Tribunal Federal. Ao longo do processo, foi preso duas vezes e chegou a ficar três meses no presídio de segurança máxima de Tremembé, no interior de São Paulo.

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