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Ibovespa encerra semana em queda, dólar dispara e eleições nos EUA geram expectativa

Ibovespa recua 1,36% na semana, impactado pela incerteza fiscal e alta do dólar. Wall Street reage com expectativa de corte de juros; eleição nos EUA traz volatilidade.
Ibovespa bate recorde ao ultrapassar 140 mil pontos, impulsionado por dados do IBC-Br e expectativas sobre juros. Dólar fecha em leve queda.
(Imagem: divulgação/B3)

O Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, encerrou mais uma semana em queda, refletindo o receio com o cenário fiscal interno e desconsiderando a recuperação observada em Wall Street. A queda de 1,23% nesta sexta-feira (1º) levou o índice a 128.120,75 pontos, com uma perda acumulada de 1,36% na semana..

Cenário fiscal pesa sobre o Ibovespa

As incertezas sobre novas medidas fiscais afetaram o Ibovespa, em especial após o anúncio de que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, estará ausente entre 4 e 9 de novembro devido a uma viagem à Europa. A ausência do ministro, em meio a discussões fiscais, aumentou a cautela entre investidores, impactando o índice brasileiro.

Outro elemento de pressão foi a alta do dólar, que subiu 1,53% e fechou a R$ 5,8634 – o maior valor desde maio de 2020. No acumulado da semana, o dólar subiu 2,88%, refletindo o aumento da aversão ao risco no mercado nacional.

Balanços corporativos movimentam o Ibovespa

No lado das altas da bolsa de valores do Brasil, Eztec (EZTC3) destacou-se ao subir mais de 8%, após reportar lucro líquido de R$ 132,6 milhões no terceiro trimestre, um aumento de 239% em relação ao mesmo período do ano passado. A empresa também anunciou um dividendo extraordinário de R$ 150 milhões. São Martinho (SMTO3) também teve bom desempenho, beneficiada pela elevação da recomendação para “neutra” pelo Morgan Stanley.

Por outro lado, Azul (AZUL4) registrou queda superior a 6%, impactada pelo rebaixamento de rating pelas agências de risco S&P Global e Fitch. A Vale (VALE3) também recuou, acompanhando a baixa do minério de ferro, que caiu quase 1,50% em Dalian, na China. Já Petrobras (PETR4;PETR3) apresentou queda de mais de 1%, apesar da alta no petróleo, devido a declarações que geraram especulações sobre investimentos e dividendos.

Expectativas de corte de juros impulsionam Wall Street

Nos EUA, Wall Street fechou em alta impulsionada pelo desempenho acima do esperado da Amazon, que levou o Nasdaq a um avanço de 1%. O relatório de empregos revelou a criação de 12 mil novas vagas em outubro, o menor volume desde dezembro de 2020. A taxa de desemprego permaneceu em 4,1%, mas o mercado reagiu com otimismo, esperando que o Federal Reserve reduza a taxa de juros em 0,25 pontos percentuais na próxima reunião.

Essa percepção de um mercado de trabalho mais fraco aumentou as expectativas de flexibilização monetária, com previsão de corte de juros praticamente certa entre investidores.

Confira o fechamento dos principais índices de Nova York:

  • S&P 500: +0,46%, aos 5.728,80 pontos
  • Dow Jones: +0,69%, aos 42.052,19 pontos
  • Nasdaq: +0,80%, aos 18.233,92 pontos

Apesar da alta nesta sexta, os índices americanos fecharam a semana em queda, com o S&P 500 recuando 1,4%, Dow Jones caindo 0,2% e o Nasdaq acumulando perda de 1,5%.

Perspectivas com eleições nos EUA

A próxima semana promete volatilidade com a eleição presidencial nos EUA marcada para 5 de novembro. As apostas seguem em alta para a possível vitória de Donald Trump, e os mercados acompanham de perto os possíveis impactos para a economia americana.

No Brasil, as incertezas fiscais devem continuar pressionando o Ibovespa, enquanto as expectativas sobre a política monetária nos Estados Unidos podem tanto aliviar quanto intensificar a pressão sobre ativos globais.

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