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Dólar sobe 1% e se aproxima de R$ 5,50 nesta quarta-feira

Alta impulsionada por fatores externos e políticos

Dólar
Dólar, a moeda do Estados Unidos da América (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)
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Dólar, a moeda do Estados Unidos da América (Imagem: Valter Campanato/Agência Brasil)

Nesta quarta-feira (17), o dólar registrou uma valorização de 1% em relação ao real, aproximando-se novamente da marca de R$ 5,50. Diversos fatores influenciaram a alta da moeda americana, incluindo movimentos no mercado internacional e incertezas políticas internas no Brasil.

A valorização do dólar foi amplificada pelo aumento do iene no mercado global. Rumores de uma possível intervenção do Banco do Japão para fortalecer sua moeda resultaram em uma liquidação de posições em divisas emergentes. Portanto, o movimento foi particularmente importante em países com altas taxas de juros, como os da América Latina.

Além disso, a força do dólar em mercados emergentes foi intensificada pelas preocupações dos investidores sobre a futura política comercial dos Estados Unidos. As expectativas de medidas mais restritivas ganharam força com o aumento das apostas na vitória de Donald Trump nas próximas eleições presidenciais em novembro, reduzindo o apetite por risco.

O dólar à vista encerrou o dia com alta de 1,00%, cotado a R$ 5,483 tanto na compra quanto na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento (DOLc1) subiu 1,04%, alcançando 5.490 pontos. No dia anterior, o dólar comercial havia fechado em R$ 5,4293 na venda, registrando uma queda de 0,28%. Contudo, em julho, a moeda americana acumula uma baixa de 1,89%.

Cotações do Dólar

Dólar comercial:

  • Compra: R$ 5,483
  • Venda: R$ 5,483

Dólar turismo:

  • Compra: R$ 5,513
  • Venda: R$ 5,693

Iene no mercado mundial

Na manhã desta quarta-feira, o dólar à vista acumulava ganhos frente a diversas moedas de mercados emergentes, destacando-se contra o rand sul-africano e o peso mexicano. O fortalecimento do iene, impulsionado por rumores de intervenção do Banco do Japão, causou um efeito dominó nas operações de carry trade ao redor do mundo.

No carry trade, investidores tomam empréstimos em moedas de países com taxas de juros baixas e investem em países como o Brasil, onde os juros são mais altos. Com a valorização do iene, muitos investidores começaram a desmontar essas posições, pressionando a cotação do real.

Política Fiscal

Internamente, as declarações do presidente Lula em uma entrevista à TV Record na noite de terça-feira (16) contribuíram para a alta do dólar. Lula afirmou que o governo não é obrigado a cumprir a meta fiscal se houver outras prioridades mais importantes e destacou que precisa ser convencido sobre a necessidade de cortar despesas para atender ao arcabouço fiscal. Apesar disso, o presidente enfatizou seu compromisso com a responsabilidade fiscal, afirmando: “Responsabilidade fiscal eu não aprendi na faculdade, eu trago do berço”.

Os comentários, embora não sejam novidades, foram suficientes para fortalecer as cotações do dólar. Sendo assim, após atingir uma cotação mínima de R$ 5,4339 (+0,08%) às 9h07, o dólar à vista alcançou a máxima de R$ 5,4888 (+1,10%) às 13h48.