A Vibra Energia (VBBR3), a maior distribuidora de combustíveis do Brasil, anunciou um lucro líquido de R$ 4,2 bilhões no terceiro trimestre de 2024 (3T24). Esse resultado representa um aumento de 234,7% em comparação ao mesmo período do ano passado. Esse desempenho destaca o bom momento financeiro da empresa, embora enfrente o risco de revogação de sua licença de revenda de combustíveis. Esse possível revés vem da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), e pode impactar diretamente suas operações.
Resultados Financeiros da Vibra Energia e Superação das Expectativas do Mercado
Apesar dos desafios regulatórios, a Vibra Energia apresentou resultados financeiros sólidos. O Ebitda ajustado, indicador de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização, foi de R$ 1,99 bilhão. Embora esse valor represente uma queda de 14,8% em relação ao ano anterior, superou as expectativas dos analistas, que projetavam R$ 1,5 bilhão, segundo a LSEG. Esse desempenho acima das previsões reforça a capacidade da Vibra Energia de superar as pressões do mercado.
Vitória judicial e consolidação financeira
Além de seu desempenho operacional, a Vibra Energia (VBBR3) conquistou recentemente uma vitória judicial, consolidando cerca de R$ 4 bilhões em créditos de PIS/COFINS. Em setembro, o Tribunal Regional Federal da Segunda Região (TRF-2) rejeitou recursos da União, dando à empresa um ganho que fortaleceu o seu caixa. As ações da Vibra Energia refletiram positivamente essa notícia, fechando em alta de 1,57%, com o valor de R$ 26,50.
Ameaça à licença da Vibra Energia levanta dúvidas sobre o futuro da empresa
Embora a Vibra Energia comemore seu lucro recorde, a situação regulatória segue tensa. A ANP manteve uma penalidade relacionada à comercialização de etanol fora dos padrões exigidos, o que coloca a licença de operação da Vibra Energia em risco. Esse problema teve início com uma fiscalização em março de 2022, quando uma análise indicou que o etanol hidratado distribuído pela base de Betim, em Minas Gerais, apresentava um pH de 5,2, abaixo do intervalo regulamentado de 6,0 a 8,0. Em um segundo teste, o pH caiu ainda mais, para 4,8, sinalizando uma possível degradação do combustível, o que levou a ANP a intensificar a supervisão da Vibra Energia (VBBR3).
Perspectivas e desafios para a Vibra Energia
A Vibra Energia argumenta que as variações de pH podem ocorrer por fatores externos. A empresa garante que adota rigorosos padrões de qualidade para minimizar riscos. No entanto, a possível revogação de licença levanta dúvidas sobre o futuro da Vibra Energia no setor de combustíveis. Até que ponto essa questão pode afetar seu crescimento? A Vibra Energia segue focada em manter sua operação e melhorar seus resultados, mas o desfecho desse desafio regulatório será decisivo para sua trajetória.
