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Privatização da TAP em 2025 atrai interesse de 12 empresas internacionais

O governo português retoma privatização da TAP para 2025, com mais de 12 potenciais compradores.
Aviões da TAP próximos em pista de aeroporto. Empresa está à venda.
(Imagem: Divulgação / TAP Air Portugal)

O governo de Portugal confirmou que o processo de privatização da TAP será retomado em 2025. Após a aprovação inicial em setembro de 2023, a venda foi adiada devido a eleições antecipadas, mas segue como uma prioridade para a nova administração. A privatização da TAP, que despertou o interesse de mais de 12 potenciais compradores, busca garantir que a companhia aérea mantenha sua marca e rotas estratégicas.

Venda parcial e interesse internacional

Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas de Portugal, reafirmou que o governo pretende manter a identidade da TAP e a sua presença em Lisboa, assegurando também a continuidade das rotas estratégicas para países de língua portuguesa, como Brasil, Angola, Moçambique e Estados Unidos. Ele destacou que, apesar de considerar a possibilidade de venda parcial, há um esforço para ouvir “todas as partes interessadas” antes de tomar uma decisão final.

Até o momento, empresas como Lufthansa, Air France-KLM e British Airways demonstraram interesse em adquirir participações na companhia. Segundo informações de setembro, a Lufthansa estaria interessada em uma fatia de 19,9%, o que ficaria abaixo do limite que requer aprovação da Comissão Europeia. A Air France-KLM também considera a compra de uma participação minoritária, mantendo suas opções abertas para futuras negociações.

Tap fortalece operações no Brasil com voo entre Lisboa e Manaus

A Tap Air Portugal reforçou sua presença no Brasil ao retomar os voos diretos entre Lisboa e Manaus, uma rota que conecta a Amazônia à Europa. O retorno dessa operação, anunciado pelo presidente da Tap, Luís Rodrigues, enfatiza o compromisso da companhia com o Brasil e o turismo sustentável na região amazônica. A nova rota, que utiliza aeronaves Airbus A321neo, oferece capacidade para 154 passageiros e busca ampliar o acesso europeu a uma das áreas mais ricas em biodiversidade do mundo.

Os voos, operados três vezes por semana – às segundas, quartas e sextas-feiras –, proporcionam uma oportunidade de intercâmbio cultural e econômico. Luís Rodrigues destacou a relevância da rota para o desenvolvimento do turismo na Amazônia, enquanto o presidente da Amazonastur, Ian Ribeiro, estima que a retomada aumente o turismo estrangeiro em até 15% no Amazonas, impulsionando a economia e a criação de empregos locais.

Além disso, a conexão direta com Manaus integra o plano estratégico da Tap de expandir suas operações no Brasil, onde a companhia já atende 13 capitais, promovendo um intercâmbio valioso entre Brasil e Europa.

Fortalecimento da TAP e garantias do governo

Durante uma audiência no Parlamento na última quinta-feira (07), o ministro Pinto Luz assegurou que a TAP apresenta bons resultados operacionais, comparáveis aos de outras empresas aéreas europeias. Ele afirmou que a “reputação da TAP é sólida” e que o governo trabalhará para preservar o nome e a sede da companhia em Lisboa, independentemente do modelo de privatização escolhido. A manutenção das rotas da TAP para a diáspora portuguesa também foi uma garantia destacada pelo ministro, reforçando o compromisso com comunidades lusófonas.

O governo português enfatizou a importância de garantir que a privatização não prejudique os interesses nacionais nem a conectividade com regiões de grande valor para a TAP e para os cidadãos portugueses. “Seja qual for o modelo final de privatização, a marca TAP e o ‘hub’ em Lisboa serão mantidos”, reiterou Pinto Luz, destacando que o processo de venda será conduzido de forma transparente.

Impacto na infraestrutura e mobilidade verde

Além da privatização da TAP para 2025, o governo português anunciou iniciativas no setor de mobilidade, como a criação de um passe ferroviário mensal de 20 euros, que já conta com mais de 22 mil adesões. A medida visa incentivar o uso de transportes públicos e reduzir a dependência de veículos particulares, refletindo um compromisso com a sustentabilidade.

O ministro Pinto Luz também mencionou o desafio crescente na área de habitação, afirmando que o governo pretende buscar “consensos partidários” e apoiar o desenvolvimento de soluções acessíveis para enfrentar o aumento dos preços de imóveis e a escassez de novas construções. Segundo ele, a habitação é uma “prioridade nacional” e exige medidas concretas e planejamento de longo prazo.

A previsão é que o processo de privatização da TAP seja concluído ao longo de 2025, atraindo investimentos estrangeiros e mantendo a companhia aérea em posição de destaque na aviação europeia, sem comprometer suas raízes e compromissos com Portugal.

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