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Imposto de 2% nos super-ricos: o plano ambicioso do Brasil

O Brasil propõe ao G20 um imposto de 2% sobre grandes fortunas, mirando bilionários. Medida visa arrecadar bilhões com tributação justa.
Imagem de moedas para ilustrar uma matéria jornalística sobre o imposto sobre grandes fortunas
(Imagem: Markus Kammermann/Pixabay)

Um imposto mínimo de 2% sobre grandes fortunas dos bilionários do mundo poderia gerar entre 200 e 250 bilhões de dólares anuais. Essa estimativa integra a proposta apresentada pelo Brasil ao G20, que vai acontecer no início da semana, com base em um modelo desenvolvido pelo economista francês Gabriel Zucman. Lançado em 25 de junho, o projeto sugere uma tributação para cerca de 3 mil indivíduos com fortunas superiores a 1 bilhão de dólares que atualmente não pagam ao menos 2% de imposto de renda ao ano.

Imposto sobre grandes fortunas mira bilionários

A proposta foca em pessoas que possuem ativos, como imóveis, ações e participações em empresas. Gabriel Zucman afirma que a medida impactará apenas indivíduos com patrimônios ultraelevados e baixa carga tributária. “Parece utópico, mas é factível”, afirmou o economista, elogiando a liderança brasileira como inovadora e viável para implementação.

Felipe Antunes, representante do Ministério da Fazenda, reforçou o impacto positivo da proposta. “É essencial garantir que os super-ricos contribuam de forma justa. O G20 está atento, e o diálogo será importante para ajustar a ideia às realidades de cada país”, declarou.

Cooperação internacional como chave para o sucesso

Segundo Gabriel Zucman, a colaboração global é necessária para evitar a evasão fiscal. Ele estabeleceu um padrão comum de tributação, destinado a evitar que fortunas fossem escondidas em países de baixa tributação.

“A troca de informações e a padronização são fundamentais para garantir a eficácia da medida”, explicou.

O modelo oferece flexibilidade, permitindo que os países adotem a tributação de forma conjunta ou individual, por meio de mecanismos domésticos. O histórico do G20 em criar políticas tributárias inovadoras fortalece as opções dessa proposta.

Desafios e oportunidades para implementação do imposto sobre grandes fortunas

Os principais obstáculos do imposto sobre grandes fortunas incluem a avaliação precisa da riqueza, o combate à omissão financeira e a promoção de maior transparência nas transações internacionais. A proposta inspira-se em avanços recentes, como o imposto mínimo global para multinacionais.

Para Gabriel Zucman, o cenário atual favorece o debate. “Estamos falando de bilhões de dólares que deixam de ser arrecadados por falta de tributação. Este é o primeiro passo para gerar mais de 200 bilhões por ano, com custos administrativos baixos”, concluiu.

Assista o vídeo da BBC News voltado para a taxação sobre os super-ricos do Brasil

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