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Compra de votos no Ceará: PF mira político eleito e empresários

A Polícia Federal começou a Operação Vis Occulta no Ceará para desmantelar um esquema de compra de votos ligado ao prefeito Bebeto Queiroz. A investigação revela corrupção com contratos milionários em mais de 50 municípios, usando dinheiro público nas campanhas. A operação também investiga um tenente da Polícia Militar que ajudava na distribuição de dinheiro nas eleições. Veja os detalhes dessa situação na política cearense!
Imagem de uma viatura da Polícia Federal para ilustrar uma matéria jornalística sobre a compra de votos em municípios do Ceará.
Operação da PF contra a compra de votos no Ceará. (Imagem: divulgação/PF)

A Polícia Federal (PF) realizou, nesta quinta-feira (5), a Operação Vis Occulta, para em combater a compra de votos no Ceará em dezenas de municípios cearenses. O prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), foi alvo de um mandado de prisão preventiva, mas não foi localizado pelas autoridades e é considerado foragido. Durante as investigações, surgiram suspeitas de corrupção envolvendo outros agentes, como empresários e um oficial da Polícia Militar.

PF aponta contratos milionários com prefeituras no Ceará

A investigação aponta que a suposta organização criminosa mantém contratos que somam R$ 318 milhões com mais de 50 municípios do Ceará. O principal serviço oferecido por essas empresas é o transporte escolar e coleta de lixo.

Conforme publicado pelo Diário do Nordeste, entre os responsáveis pelas empresas, está o empresário Maurício Gomes Coelho, que também foi alvo de um mandado de prisão durante a Operação Vis Occulta.

Detalhes do esquema de compras de votos em Choró

Segundo a PF, Bebeto Queiroz liderava uma organização criminosa que utilizava recursos públicos desviados para financiar campanhas eleitorais de forma ilícita. Essa prática fazia parte de um esquema maior, identificado como “Caixa 2”, envolvendo contratos públicos direcionados a empresas vinculadas ao grupo criminoso.

Além do prefeito eleito, a operação cumpriu sete mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão e medidas cautelares contra outros envolvidos, incluindo restrições domiciliares e uso de tornozeleiras eletrônicas.

Histórico de irregularidades

Bebeto Queiroz já havia sido preso temporariamente em novembro, na Operação Ad Manus, por suspeitas de fraudes em contratos públicos. Na ocasião, ele foi solto com o término do mandado de prisão, mas as apurações revelaram novas evidências, resultando na Operação Vis Occulta. O outro investigado, Maurício Gomes Coelho, já havia sido denunciado pelo Ministério Público por porte ilegal de arma de fogo. Ele é suspeito de envolvimento no mesmo esquema de compra de votos.

Suspeita sobre policial militar

Entre os desdobramentos da investigação, a PF identificou possíveis crimes cometidos por um tenente da Polícia Militar do Ceará. Ele teria ordenado a retirada de patrulhas das ruas durante as eleições, facilitando a distribuição de dinheiro em um esquema de compra de votos.

O caso foi encaminhado à Controladoria Geral de Disciplina (CGD), que deverá aprofundar a apuração.

Próximos passos

A Operação Vis Occulta segue em andamento, com a PF, o Ministério Público Eleitoral e outros órgãos focados em desmantelar a rede criminosa. Conforme a reportagem do DN, até o momento, as defesas de Bebeto Queiroz e Maurício Gomes Coelho não comentaram as acusações.

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