A mais recente greve dos auditores-fiscais da Receita Federal (RFB) já trava mais de 50 mil encomendas nos principais aeroportos do Brasil. Mas pior que isso são os prejuízos que podem gerar, superiores a R$ 3 bilhões. O alerta veio de entidades de comércio exterior, que enviaram uma carta ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pedindo solução imediata para o impasse.
Segundo o Instituto Livre Mercado (ILM) e outras organizações, a greve dos auditores da Receita impacta diretamente o desembaraço aduaneiro. Ale disso, gera acúmulo de mercadorias em aeroportos como Viracopos e Guarulhos. “Isso expõe produtos a deterioração e prejudica a competitividade do Brasil”, afirma o documento, alertando que os danos ao comércio e à logística podem ser irreparáveis.
Greve dos auditores da Receita prejudica pequenas e médias empresas
Pequenas e médias empresas (PMEs) são as mais afetadas com a greve dos auditores da Receita Federal. “Sem fluxo de caixa estável e entregas regulares, muitas empresas podem fechar as portas”, alerta o Sindicato dos Despachantes Aduaneiros de São Paulo (Sindasp), lembrando que greves semelhantes já geraram perdas bilionárias.
A paralisação dos auditores da Receita Federal, que teve início em novembro deste ano, surgiu a partir de um impasse nas negociações sobre o bônus de eficiência da categoria. Esse valor a mais elevaria a remuneração dos auditores da Receita, que possuem ganhos superiores a até R$ 30 mil. Até o momento, apenas serviços essenciais seguem em operação, enquanto a liberação de cargas permanece comprometida nos portos e aeroportos, agravando os impactos econômicos e logísticos.