Localizado na Associação Comercial de São Paulo (ACSP), o Impostômetro alcançou um novo recorde de R$ 3,6 trilhões em tributos pagos pelos brasileiros. Esse valor, registrado às 01h55 do último domingo (29/12), inclui impostos, taxas, contribuições, multas, juros e correção monetária destinados aos governos federal, estadual e municipal, marcando um aumento de 18,4% em relação ao ano anterior, quando o valor foi de R$ 3,04 trilhões.
Por que houve recorde do Impostômetro?
Ulisses Ruiz de Gamboa, economista da ACSP, atribui esse crescimento ao fortalecimento da atividade econômica, à alta da renda, à geração de empregos, mas também ao impacto da inflação. A reintegração do PIS e Cofins sobre os combustíveis, além do aumento das alíquotas do ICMS, também contribuíram para o aumento recorde do valor do Impostômetro.
Ruiz de Gamboa explica que o recorde da arrecadação (impostômetro), tanto estadual quanto federal e municipal, está diretamente relacionado ao crescimento da economia. “Nosso sistema tributário é baseado no consumo. Com a expansão econômica, impulsionada principalmente pelo consumo, a arrecadação cresce. Além disso, como muitos impostos incidem sobre os preços, a inflação também tem impacto nesse aumento.”
Qual o peso dos impostos estaduais sobre o valor arrecadado?
O economista também destacou que o aumento das alíquotas do ICMS na maioria dos estados foi um dos principais fatores para o crescimento da arrecadação, especialmente visando aumentar a participação dos estados na futura arrecadação do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), que substituirá o ICMS e outros impostos.