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Confiança da indústria brasileira recua em janeiro; veja o motivo

O Índice de Confiança da Indústria caiu 1,3 ponto em janeiro, atingindo 98,4. Empresários preveem menor produção e cautela no emprego.
Dados da FGV revelam oscilação na confiança da indústria brasileira. Empresários seguem cautelosos, mas estoques e produção dão sinais positivos.
(Imagem: Jean Martinelle/Pixabay)

A confiança da indústria brasileira registrou queda em janeiro, influenciada pela piora nas expectativas para os próximos meses. De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o Índice de Confiança da Indústria (ICI) recuou 1,3 ponto, atingindo 98,4 pontos, o menor nível desde maio de 2023.

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Confiança da indústria: empresários estão mais cautelosos com o futuro

O ambiente econômico incerto levou os empresários do setor industrial a uma postura mais conservadora. Segundo Stéfano Pacini, economista da FGV IBRE, há um aumento na preocupação com a demanda, mesmo que os estoques permaneçam equilibrados.

Dentre os 19 segmentos analisados, 10 registraram queda na confiança da indústria. O principal responsável pela retração foi o Índice de Expectativas (IE), que mede as projeções para os próximos meses e recuou 2,7 pontos, chegando a 95,9 pontos.

Indústria prevê menor produção e redução no emprego

Os indicadores mostram que as empresas esperam um período mais desafiador. O índice que mede a expectativa de produção para os próximos três meses caiu 4,3 pontos, atingindo 94,3 pontos. Já o indicador sobre contratações teve retração de 3,4 pontos, marcando 98,7 pontos, o que indica um cenário mais conservador para novas admissões.

Já o Índice de Situação Atual (ISA), que avalia a percepção sobre o presente, apresentou leve alta de 0,1 ponto, chegando a 100,9 pontos, sinalizando que, por ora, o setor ainda mantém certa estabilidade.

Juros altos e câmbio pressionam setor industrial

As dificuldades da indústria também refletem a política monetária e o cenário econômico global. A taxa básica de juros elevada e a desvalorização do real encarecem o crédito e reduzem a competitividade da produção nacional.

Banco Central do Brasil, em dezembro, aumentou a taxa Selic para 12,25% ao ano e indicou novas elevações para conter a inflação. O impacto dessas decisões no setor industrial deve ser observado nos próximos meses. Sendo assim, o setor segue atento ao Comitê de Política Monetária (Copom) se reúne nesta quarta-feira (29) para definir a próxima taxa de juros, e as expectativas são de cautela por parte do mercado.

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