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Isenção do IR será enviada após aprovação do consignado privado

A imagem mostra o Fernando Haddad, Ministro da Fazenda anuncia que isenção do IR será enviada após aprovação do consignado privado.
Fernando Haddad, Ministro da Fazenda anuncia que isenção do IR será enviada após aprovação do consignado privado. Foto/reprodução: Wikipédia.

O governo federal anunciou que a proposta de isenção do IR para trabalhadores que ganham até R$5 mil mensais será enviada ao Congresso Nacional após a publicação da Medida Provisória (MP) que estabelece novas regras para o crédito consignado privado. A informação foi confirmada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, na última segunda-feira (10).

A medida faz parte do plano do governo para promover um ajuste na tributação sobre a renda, ampliando a faixa de isenção tributária e proporcionando alívio financeiro para milhões de brasileiros. O projeto também está alinhado com a promessa de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de elevar o limite de isenção do Imposto de Renda.

Novo consignado privado e impactos na economia

O primeiro passo antes da ampliação da faixa de isenção do IR será a implementação do novo crédito consignado, que beneficiará trabalhadores da iniciativa privada. Atualmente, essa modalidade de empréstimo é acessível apenas a servidores públicos, aposentados e pensionistas do INSS. Com a nova regulamentação, trabalhadores de empresas privadas poderão contratar empréstimos com desconto em folha, garantindo taxas de juros mais baixas do que as praticadas no mercado tradicional.

A expectativa é que a nova linha de crédito consignado ofereça taxas entre 2,5% e 3,5% ao mês, bem abaixo da média atual de 6% ao mês para esse público. O governo acredita que essa redução contribuirá para um maior acesso ao crédito e ajudará no combate ao endividamento excessivo.

Veja detalhes sobre a declaração do IR 2025:

Isenção do IR e a compensação fiscal

A ampliação da isenção do IR representará uma perda de arrecadação estimada em R$25 bilhões por ano, valor que inicialmente havia sido calculado em R$35 bilhões. Para compensar essa renúncia fiscal, a equipe econômica estuda a criação de um imposto mínimo efetivo de 10% sobre rendimentos superiores a R$50 mil mensais. Além disso, o governo pretende aumentar a fiscalização sobre rendimentos no exterior para evitar a evasão fiscal.

Outro ponto em análise é a possibilidade de ajustes nas alíquotas do IR, garantindo que a reforma traga maior progressividade na cobrança do imposto. Isso significa que quem ganha mais contribuirá de forma proporcionalmente maior, equilibrando a carga tributária entre diferentes faixas de renda.

Perspectivas para a reforma do IR

Especialistas avaliam que a ampliação da isenção tributária pode estimular o consumo e fortalecer a economia, uma vez que trabalhadores que antes precisavam arcar com o desconto do Imposto de Renda sobre salário terão mais dinheiro disponível. O impacto positivo também pode se refletir no setor produtivo, aumentando a demanda por bens e serviços.

A proposta ainda será analisada pelo Congresso Nacional, e o governo espera que sua aprovação ocorra ao longo de 2025. Com a definição da nova faixa de isenção do IR, espera-se uma atualização das regras da reforma tributária, que vem sendo discutida há anos.

A estratégia do governo em priorizar o novo crédito consignado antes de enviar a proposta de isenção do IR ao Congresso demonstra uma tentativa de equilibrar a política fiscal com medidas de estímulo à economia. Com taxas de juros mais acessíveis e uma possível reformulação das alíquotas do IR, o cenário pode se tornar mais favorável tanto para os trabalhadores quanto para o mercado.

A expectativa agora fica por conta da tramitação das medidas no Legislativo e do impacto que essas mudanças poderão gerar no orçamento federal e na vida dos contribuintes.

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