Conteúdo Patrocinado
Anúncio SST SESI

Dívida pública federal sobe 3,3% e chega a R$ 7,49 trilhões

Dívida pública federal cresceu 3,3% em fevereiro, somando R$ 7,49 trilhões. Alta foi puxada por emissões de títulos e incorporação de juros. Tesouro alerta para impacto da Selic e do risco fiscal sobre a evolução do endividamento.
A imagem mostra várias notas de real e moedas para representar a dívida pública.
Dívida pública federal sobe 3,3% e chega a R$ 7,49 trilhões. Foto: Canva.

A dívida pública federal cresceu 3,30% em fevereiro, atingindo R$ 7,492 trilhões, segundo dados divulgados pelo Tesouro Nacional. O aumento foi impulsionado por uma emissão de títulos públicos líquidos no valor de R$ 165,7 bilhões e pela incorporação de juros de R$ 73,7 bilhões sobre o estoque existente.

O maior volume está concentrado na Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que somou R$ 7,178 trilhões. Já a Dívida Pública Federal externa (DPFe) ficou em R$ 314 bilhões, com alta de 4,15%, refletindo o aumento dos compromissos em moeda estrangeira com credores internacionais.

Selic elevada pressiona custo e estrutura da dívida pública federal

O custo médio da dívida pública federal em 12 meses subiu de 11,40% para 11,57%. O custo das novas emissões também aumentou, passando de 11,36% para 11,92% ao ano. Essa elevação é resultado direto do atual ciclo de aperto monetário e do impacto da Selic, que está em 14,25% ao ano.

O ambiente macroeconômico, com incertezas fiscais e geopolíticas, afeta a percepção de risco soberano e a demanda no mercado de títulos. O perfil de vencimentos sofreu leve recuo, com o prazo médio passando de 4,11 anos para 4,08 anos. A reserva de liquidez do Tesouro aumentou para R$ 889 bilhões, suficiente para 6,66 meses de vencimentos.

Veja as previsões do mercado sobre o aumento da dívida pública federal:

O cenário também é influenciado por fatores como déficit público, elevado em função das despesas recorrentes. A ausência de superávit primário mantém o desafio da sustentabilidade fiscal, segundo analistas.

O Plano Anual de Financiamento (PAF) orienta a estratégia de captação do Tesouro para 2024, com foco na diversificação e extensão de prazos, equilibrando a presença de investidores institucionais e individuais.

A evolução da política fiscal e o nível da carga tributária seguem como variáveis-chave para o controle da dívida pública federal no médio prazo.

Confira nossos canais
Siga nas Redes Sociais
Notícias Relacionadas