As políticas protecionistas de Trump causaram preocupação entre analistas, economistas e empresários brasileiros. O professor e deputado estadual Acrísio Sena (PT-CE) avalia que as novas tarifas impostas pelos Estados Unidos fazem parte de um movimento de protecionismo comercial que ameaça a estabilidade do mercado internacional. Segundo ele, essas medidas podem prejudicar o comércio exterior, aumentar o déficit comercial e enfraquecer a competitividade industrial brasileira.
Trump anunciou uma tarifa de importação de 10% sobre todas as compras feitas do exterior. Além disso, impôs taxas extras sobre produtos de 185 países, incluindo o Brasil. Para Acrísio, essa escalada na política econômica dos EUA tende a gerar instabilidade e provocar retaliações, afetando diretamente as exportações brasileiras.
Políticas protecionistas de Trump atingem países aliados e setor exportador
As tarifas comerciais impostas por Trump não atingem apenas rivais históricos. Segundo Acrísio Sena, países aliados também foram duramente afetados pelas políticas protecionistas de Trump. A China foi a mais impactada, com tarifas chegando a 54%. A União Europeia enfrentará uma alíquota de 20%, enquanto Taiwan, Tailândia, Suíça e Bangladesh terão taxas entre 30% e 50%. Brasil e Argentina também estão entre os atingidos.
O parlamentar destacou que, enquanto os EUA defendem sua indústria, recebem apoio. “Mas quando o Brasil busca medidas semelhantes para proteger setores como o setor siderúrgico, é acusado de intervencionismo”, criticou. Ele também questionou o apoio da oposição brasileira ao modelo de sanções comerciais adotado por Trump, mesmo que isso vá contra o discurso do livre comércio.

Impacto das políticas protecionistas de Trump no mercado internacional
Desde fevereiro, as bolsas norte-americanas acumulam perdas de quase 5 trilhões de dólares. Para Acrísio Sena, esse cenário mostra que as políticas protecionistas de Trump podem provocar o oposto do que pretendem: recessão econômica, perda de competitividade e isolamento global. Ele alertou que o atual cenário se aproxima de uma guerra comercial, com potenciais consequências para todos os países envolvidos.
Retaliação comercial e OMC entram no radar dos países afetados
Esse choque comercial, segundo Acrísio Senan, tende a gerar uma forte retaliação comercial por parte de nações prejudicadas, inclusive daquelas com acordos bilaterais com os EUA. A Organização Mundial do Comércio (OMC) pode ser acionada diante de possíveis violações às regras do comércio global. O deputado defende que o Brasil reaja com responsabilidade e estratégia, reforçando sua presença no mercado externo.
“É hora de proteger a indústria nacional com inteligência e coragem, sem aceitar padrões duplos no comércio internacional”, destacou Acrísio Sena, ao reforçar a importância de garantir a soberania econômica brasileira e estimular as exportações brasileiras em um ambiente global cada vez mais competitivo.