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Reforma do IR propõe apenas criar um imposto mínimo de até 10%

A proposta de reforma do Imposto de Renda cria um imposto mínimo de até 10% para financiar a isenção de quem ganha até R$ 5 mil mensais em 2026. Com um custo de R$ 25 bilhões, a reforma busca corrigir a regressividade atual. Apenas 0,3% da população será impactada, afetando os que ganham acima de R$ 86 mil mensais. Descubra como promover mais justiça fiscal!
Comissão especial da Câmara debate mudanças no Imposto de Renda com presença de representantes do governo.
Segundo Marcos Pinto, a proposta busca tornar a tributação mais progressiva. (Foto: Vinicius Loures/CD) Fonte: Agência Câmara de Notícias

O secretário de Reformas Econômicas, Marcos Barbosa Pinto, nesta terça-feira (20/05) disse aos deputados da comissão especial da Câmara que analisa as mudanças no Imposto de Renda (PL 1087/25) que o governo não está aumentando a carga tributária, mas propondo a criação de um imposto mínimo de até 10%. A medida visa garantir a isenção para quem ganha até R$ 5 mil mensais, sem afetar quem já contribui com essa alíquota.

O custo estimado da proposta é de R$ 25 bilhões. Já a correção total da tabela do IR custaria cerca de R$ 100 bilhões, valor considerado inviável pelo governo.

Justificativas do governo para as mudanças no IR

Segundo Pinto, as mudanças no Imposto de Renda combatem a regressividade atual. Hoje, quem ganha mais de R$ 1 milhão paga só 4,7% de IR, enquanto quem recebe R$ 25 mil paga 13%. Lucros e dividendos, que somaram R$ 1 trilhão em 2023, passarão a ser taxados parcialmente — 80% dos beneficiários ficarão isentos por ganharem até R$ 600 mil ao ano.

Impactos limitados das mudanças no Imposto de Renda

De acordo com o professor Guilherme Martins, da Universidade de Leeds, as mudanças no Imposto de Renda impactam apenas 0,3% da população — aqueles com renda acima de R$ 86 mil mensais. Atualmente, quem ganha entre R$ 25 mil e R$ 39 mil paga as alíquotas efetivas mais elevadas, com média de 11,3%.

Já o relator do projeto, Arthur Lira (PP-AL), cobrou do governo os cálculos detalhados sobre os efeitos da mudanças no Imposto de Renda, especialmente nas contas de estados e municípios. Pinto estimou as perdas em R$ 2 bilhões, valor que poderá ser negociado.

Mudanças no IR incluem limite para carga total de tributos

A proposta também estabelece que a carga total de tributos (empresa + pessoa física) não ultrapasse 34%, criando um teto legal. Atualmente, a carga efetiva gira em torno de 17%, reflexo de incentivos fiscais diversos.

Para o Ministério da Fazenda, essas mudanças no Imposto de Renda são essenciais para reduzir desigualdades. Hoje, os 5% mais ricos concentram a mesma renda que os outros 95% da população.

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