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Câmara aprova reajuste de servidores e novas carreiras – entenda o impacto

Com impacto bilionário até 2027, projeto reajusta salários no Executivo, transforma cargos e estabelece novas carreiras federais.
Com aval da Câmara, reajuste de servidores federais será feito em duas etapas; proposta segue para análise dos senadores.
(Imagem: Roque de Sá/Agência do Senado)

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (21) o projeto que autoriza o reajuste de servidores do Poder Executivo federal. O texto também cria novas carreiras e transforma funções já existentes na administração pública. A proposta agora segue para análise no Senado.

A medida foi enviada pelo governo em abril de 2025, com tramitação em regime de urgência. Ela substitui uma medida provisória que perderia validade no início de junho. Segundo o governo, o reajuste de servidores será feito em duas etapas, com impacto financeiro estimado até 2027.

Quem será afetado pelas mudanças nos salários e cargos?

O projeto traz impactos para diversas categorias do Executivo. O plano abrange 38 acordos firmados com sindicatos e entidades representativas em 2024. O reajuste médio será de 27% entre 2023 e 2026. A primeira etapa está prevista para 2025 e a segunda para abril de 2026.

As mudanças incluem:

  • criação das carreiras de Desenvolvimento Socioeconômico, Justiça e Defesa e Fiscalização da CVM;
  • transformação de cargos efetivos vagos em cargos comissionados e funções de confiança;
  • reajuste em cargos e gratificações da administração direta, autárquica e fundacional.

De acordo com o Ministério da Gestão, os impactos somam R$ 17,99 bilhões em 2025. Em 2026, o valor salta para R$ 26,76 bilhões e atinge R$ 29,17 bilhões em 2027.

O governo afirma que as novas carreiras só terão efeito após regulamentações específicas. Isso evitaria aumento imediato de gastos, segundo a justificativa apresentada ao Congresso.

Como ficam os cargos de confiança?

Os reajustes em cargos em comissão e funções de confiança terão percentuais diferentes, de acordo com o nível hierárquico. As correções vão de 9% a 30%, em duas parcelas: a primeira em fevereiro de 2025 e a segunda em janeiro de 2026.

Esses cargos já haviam recebido reajuste linear de 9% em 2023. No ano de 2024, não houve nenhuma atualização salarial.

O relator, deputado Luiz Gastão (PSD-CE), retirou do texto os trechos sobre progressão funcional e avaliação de desempenho. Segundo ele, o Congresso vai retomar esse debate no contexto da reforma administrativa.

Reforma administrativa deve sair do papel?

A Câmara deve criar um novo grupo de trabalho para formular propostas sobre a reforma administrativa. O presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse a líderes partidários que o prazo para apresentação dos projetos será de até 45 dias.

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