Ouro sobe nesta quinta-feira com apoio na queda dos Treasuries e na desvalorização do Índice Dólar (DXY), refletindo o humor dos investidores diante de dados econômicos dos EUA.
Os contratos futuros de ouro encerraram o dia em alta na Comex, influenciados pela combinação de três fatores: recuo nos juros dos títulos do Tesouro americano, dólar mais fraco no mercado internacional e maior apetite por ativos seguros. Esse cenário reforça o papel do ouro como proteção contra a inflação, especialmente em momentos de instabilidade econômica.
Ouro sobe com pressão nos Treasuries e queda do dólar
A valorização do ouro ocorre após mais um dia de baixa nos rendimentos dos Treasuries, sinalizando expectativas de que o Fed (Federal Reserve) poderá ser menos agressivo nos próximos ajustes da taxa de juros.
Essa percepção aumenta a atratividade de ativos reais como o ouro, que não oferecem rendimento, mas ganham força quando o custo de oportunidade diminui. Além disso, a queda no Índice Dólar (DXY) torna o ouro mais barato para compradores internacionais, o que estimula ainda mais a demanda global.
Investimentos em ouro ganham força com cenário global
A segunda leitura do PIB dos EUA apontou contração menor do que o previsto, mas a desaceleração no consumo aumentou a cautela nos mercados. Como resposta, investidores buscaram investimentos em ouro como forma de hedge e diversificação de carteira.
O movimento é reforçado pela forte alta nas importações do metal pela China, que cresceram 73% em abril. O Banco Popular da China ampliou as cotas para bancos comerciais, impulsionando as compras do metal como parte de sua estratégia de investimentos internacionais e resposta a riscos geopolíticos.
ETF de ouro e renda fixa perdem espaço com valorização do metal
Com o ouro em alta, produtos como ETF de ouro ganham tração entre os investidores, enquanto aplicações em renda fixa perdem atratividade em um ambiente de juros estáveis ou em queda.
Em especial, os investidores institucionais têm elevado sua exposição ao metal como forma de reduzir riscos em carteiras globais.
Essa movimentação afeta diretamente o mercado de commodities, colocando o ouro novamente no centro das atenções como ativo de referência. O impacto é potencializado pelas variações no câmbio, que ajustam o valor do metal em diferentes moedas.