As vendas em bares e restaurantes caíram 1,6% em abril, conforme mostra o Índice Abrasel-Stone divulgado nesta quarta-feira (29). Essa retração marca o segundo resultado negativo de 2025, revertendo o avanço de 3% observado em março.
Na comparação com abril de 2024, a queda foi ainda mais expressiva: 1,7%. O setor, que depende diretamente do consumo das famílias e do turismo, enfrenta oscilações causadas por fatores econômicos e sazonais. Além disso, a alta dos preços em cardápios pesou sobre a demanda.
A queda nas vendas em bares e restaurantes reflete um mês atípico. Com os feriados de Páscoa e Tiradentes, o movimento se concentrou em cidades turísticas, enquanto áreas comerciais das grandes capitais registraram esvaziamento.
Regiões turísticas cresceram, mas maioria dos estados teve queda
Apesar da queda geral, as vendas em bares e restaurantes mostraram desempenho regional variado. Estados com forte apelo turístico, como Paraíba (+7,3%), Rio Grande do Norte (+6,4%) e Alagoas (+5,9%), se destacaram com resultados positivos.
Em contrapartida, Tocantins (-5,9%), Roraima (-5,8%), Rio de Janeiro (-3,9%) e Minas Gerais (-3,8%) tiveram as maiores retrações. A desigualdade de resultados evidencia a forte dependência do setor em relação a eventos locais e fluxo de visitantes.
Segundo a Abrasel, os próximos meses seguirão com comportamento instável. O setor acompanha com atenção o ritmo da atividade econômica e a evolução do mercado de trabalho, fatores que influenciam diretamente o consumo fora do lar.
Veja no vídeo abaixo dicas de sucesso para bares e restaurantes:
Tendência para o setor ainda é incerta
Mesmo com o recuo em abril, os dados não apontam ainda uma tendência clara de retração contínua nas vendas em bares e restaurantes. Analistas alertam que o comportamento volátil deve persistir, especialmente em um cenário de inflação de alimentos e ajustes fiscais.
Para os empresários do setor, a orientação é cautela. A recomendação da Abrasel é manter o controle de custos, rever estratégias de precificação e focar em fidelização de clientes. O índice, que monitora estabelecimentos em 24 estados, continuará a ser ferramenta-chave para o planejamento do setor.