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Atividade industrial da China recua em maio com tarifas

Com queda no PMI para 48,3, atividade industrial da China sofre impacto direto das tarifas dos EUA e acende alerta para desaceleração econômica.
Interior de fábrica metálica reflete queda na atividade industrial da China em maio com impacto das tarifas dos EUA
Produção em fábrica chinesa sofre impacto das tarifas impostas pelos EUA, contribuindo para a retração na atividade industrial da China. Foto: DALL.E

A atividade industrial da China apresentou retração em maio, pressionada pelas novas tarifas dos Estados Unidos que afetam diretamente a demanda externa e o ritmo das exportações. O fato representa um sinal de alerta para a segunda maior economia do mundo, que vinha mostrando recuperação moderada no setor manufatureiro desde o fim de 2023.

Segundo o Índice de Gerentes de Compras (PMI) industrial da Caixin/S&P Global, o setor caiu para 48,3 em maio, frente aos 50,4 registrados em abril. Abaixo da marca de 50 pontos, o indicador sinaliza contração econômica. Trata-se da primeira queda em oito meses e do nível mais fraco em quase três anos, refletindo os efeitos imediatos das tensões comerciais entre Pequim e Washington.

Tarifas afetam a atividade industrial da China e exportações perdem força

A atividade industrial da China foi diretamente impactada pelo encolhimento dos pedidos de exportação, que caíram pelo segundo mês seguido. Fabricantes chineses afirmaram que as tarifas comerciais impostas por Washington reduziram o apetite global por seus produtos, resultando em queda expressiva na carteira de pedidos — o menor volume desde setembro de 2022.

Além disso, a produção nas fábricas também sofreu contração, marcando o primeiro recuo desde outubro de 2023. O PMI abaixo da marca de 50 indica retração econômica e sinaliza fragilidade no setor industrial.

Reação de Pequim e paralisação nas negociações comerciais

Enquanto a atividade industrial da China desacelera, o governo chinês avalia adotar medidas alternativas para proteger seu parque industrial. Desse modo, o primeiro-ministro Li Qiang afirmou que o país estuda o uso de “instrumentos não convencionais” para conter os efeitos das tarifas. No entanto, não detalhou quais mecanismos poderão ser aplicados.

Assim, do lado americano, as conversas comerciais entre os dois países estão praticamente paralisadas. O secretário do Tesouro, Scott Bessent, disse que as negociações avançaram pouco após o acordo provisório firmado semanas atrás. Além disso, a instabilidade jurídica também pesa: um tribunal de apelações restabeleceu temporariamente as tarifas um dia após decisão contrária da Justiça comercial.

Perspectivas para a indústria e riscos globais

A queda na atividade industrial da China levanta preocupações quanto à resiliência da segunda maior economia do mundo. Assim, com a demanda internacional sob pressão e as cadeias produtivas impactadas, analistas projetam novos desafios nos próximos meses, especialmente se as tensões comerciais se agravarem.

Para os investidores e profissionais do mercado, o cenário indica cautela em relação a ativos atrelados à indústria chinesa. A desaceleração, somada à menor confiança do setor produtivo, pode influenciar negativamente os mercados globais, inclusive os emergentes.

Impactos globais da desaceleração na atividade industrial da China

A atividade industrial da China funciona como termômetro para o comércio global. Além disso, a recente retração já repercute nos preços de commodities e no desempenho de bolsas asiáticas. Ademais, com menor produção e exportação, países fornecedores de insumos e compradores de produtos chineses podem enfrentar ajustes nas cadeias logísticas e nos preços.

Portanto, a continuidade dessa tendência poderá influenciar não apenas a economia chinesa, mas também o equilíbrio do comércio internacional nos próximos trimestres.

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