O Boletim Focus de 16/06 trouxe novos dados sobre os rumos da economia brasileira. A pesquisa do Banco Central, divulgada nesta segunda-feira (16), indicou que o mercado financeiro segue prevendo a taxa Selic em 14,75% até o fim de 2025. Essa é a sexta semana consecutiva em que a projeção se mantém inalterada.
Ao mesmo tempo, os analistas revisaram para baixo a expectativa de inflação para o ano. A mediana das previsões caiu de 5,44% para 5,25%, mostrando maior otimismo em relação ao controle dos preços no curto prazo.
Inflação em queda fortalece cenário para 2026
Além de reduzir a projeção de inflação para 2025, o Boletim Focus de 16/06 manteve as expectativas para os anos seguintes: 4,50% em 2026, 4,00% em 2027 e 3,85% em 2028. A tendência indica uma trajetória de desaceleração inflacionária que, se confirmada, pode influenciar futuras decisões do Comitê de Política Monetária (Copom).
No caso do IGP-M, outro importante índice de preços, a estimativa para 2025 caiu de 4,16% para 3,86%. Para os anos seguintes, as projeções permanecem estáveis em torno de 4%.
Boletim Focus de junho: Projeções para o PIB continuam em leve alta
Sobre o Boletim Focus de 16/06, as previsões para o Produto Interno Bruto (PIB) também avançaram. O mercado elevou a projeção para 2025 de 2,18% para 2,20% e, para 2026, de 1,81% para 1,83%. Para 2027 e 2028, os analistas mantêm crescimento estimado em 2,00%. Esses dados reforçam a perspectiva de uma economia que avança com moderação.
Dólar estabiliza e mercado vê menos pressão cambial
O Boletim Focus de 16/06 também aponta recuo na projeção do câmbio para 2025, de R$ 5,80 para R$ 5,77. Para os anos seguintes, o mercado mantém as expectativas em R$ 5,80. A estabilidade sugere um cenário de menor volatilidade para a moeda, ainda que dependente de fatores externos como juros nos EUA e preços das commodities.
Boletim Focus de 16/06: Selic deve começar a cair apenas em 2026
A taxa básica de juros segue sem alteração no curto prazo. Segundo o relatório, a expectativa é de que a Selic comece a cair a partir de 2026, quando pode chegar a 12,50%. Em 2027 e 2028, as previsões apontam taxas de 10,50% e 10,00%, respectivamente. Esse ciclo depende da consolidação do controle inflacionário e da recuperação fiscal.
Com ajustes graduais e cautelosos, o Boletim Focus de 16/06 mostra que o mercado segue atento aos sinais do Banco Central. Os dados também reforçam a importância de uma política econômica consistente para garantir crescimento sustentável e previsibilidade.