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Produção mundial de gás e petróleo em alerta com tensão Israel-Irã

A escalada do conflito entre Israel e Irã gera alertas no mercado de energia, impactando a produção de gás e petróleo. O Irã, importante produtor global, enfrenta ataques a suas instalações, ameaçando suas exportações, especialmente para a China. A tensão geopolítica promete moldar o futuro do setor energético. Descubra como esses eventos estão transformando o cenário global!
Imagem simbólica da produção mundial de gás e petróleo sob tensão geopolítica
Apesar das sanções, o Irã mantém papel de destaque na produção mundial de gás e petróleo. (Imagem: Ilustrativa)

A escalada do conflito entre Israel e Irã colocou em alerta o mercado internacional de energia. Segundo dados da OPEP, o Irã ocupa a 3ª posição na produção mundial de gás e petróleo, com 262 bilhões de metros cúbicos de gás natural em 2022 e média de 2,7 milhões de barris de petróleo por dia no mesmo ano.

À frente do Irã, estão os Estados Unidos, com 1.016 bilhões de m³ de gás e 11,9 milhões de barris diários de petróleo, seguidos pela Rússia, com 631 bilhões de m³ de gás e 9,8 milhões de barris de petróleo/dia. Outros países no ranking incluem China (213 bi m³ de gás e 4,1 mi de barris), Arábia Saudita (123 bi m³ e 10,6 mi barris), Catar (209 bi m³), Canadá (203 bi m³), Austrália (163 bi m³), Noruega (127 bi m³ e 1,7 mi barris) e Argélia (101 bi m³).

Gráfico da produção mundial de petróleo com foco nos dados de 2022, segundo a OPEP

No entanto, a última ofensiva alterou esse cenário. Ataques israelenses atingiram instalações estratégicas de energia no Irã. No sábado (15/06), o campo de Souq Farsa maior área de extração de gás do mundo, compartilhada com o Catar — foi atingido. Além disso, houve explosões em plantas de processamento em Buxerre, na unidade de Fars-e-Jan, e em depósitos de combustíveis nos arredores de Teerã, como os de Shahan e Shahrej.

Gráfico da produção mundial de gás com foco nos dados de 2022, segundo a OPEP

Tensões ameaçam a produção mundial de gás e petróleo

Segundo a OPEP, apesar das sanções, o Irã mantém papel de destaque na produção mundial de gás e petróleo. Parte do gás iraniano é exportado para países como a China, ainda que o consumo interno absorva a maior parcela da produção. Com os recentes ataques, esse equilíbrio pode ser comprometido, gerando efeitos secundários no abastecimento da Ásia.

No caso do petróleo, a maior vulnerabilidade global está no Estreito de Ormuz. Por esse estreito marítimo, passa cerca de 20% da produção mundial. A via é essencial para exportadores como Kuwait, Iraque, Arábia Saudita e Emirados Árabes Unidos. Dessa forma, qualquer ameaça de bloqueio, mesmo que parcial, gera forte instabilidade nos mercados.

Além disso, a insegurança crescente já leva empresas de transporte marítimo a reajustarem preços de frete. Algumas companhias evitam fechar contratos na região, o que amplia ainda mais a pressão sobre os preços internacionais da energia.

Preço do petróleo dispara com risco à produção

Na sexta-feira (14/06), o petróleo registrou alta de mais de 8%. Já na madrugada desta segunda-feira (16/06), o mercado oscilou negativamente, com quedas após uma abertura em alta de 4%. O barril do tipo Brent segue acima de US$ 75, com projeções de alta caso a tensão escale.

Por isso, a liderança dos EUA na produção mundial de gás e petróleo contrasta com os riscos geopolíticos no Oriente Médio, que ameaçam a estabilidade global da oferta. Empresas de logística já elevam os custos para transitar na região e, em alguns casos, evitam contratos de transporte de petróleo.

Confira no vídeo a disparada no preço do petróleo em meio à tensão da guerra entre Israel e Irã:

Além dos ataques aéreos diretos, há a intensificação de ações do grupo rebelde Houthi, no Iêmen, contra navios petroleiros no Mar Vermelho. Esse cenário é observado com atenção por analistas e investidores, que já preveem um possível movimento de valorização acima de US$ 100 o barril — patamar visto durante os primeiros meses da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Os efeitos econômicos do conflito tendem a ir além da região afetada. O mercado internacional já sente os reflexos imediatos, principalmente no encarecimento da energia e no aumento do risco de ruptura na cadeia de suprimento global.

Os preços do petróleo caíram nesta segunda-feira (16/06), revertendo parte dos ganhos anteriores provocados pela tensão entre Israel e Irã. O Brent para agosto caiu 1,35%, a US$ 73,23, e o WTI para julho recuou 1,66%, fechando a US$ 71,77.

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