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Exportações brasileiras para os EUA ganham novo impulso após isenções da tarifa adicional

Produtos como sucos de laranja, celulose e petróleo, excluídos da nova tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos, impulsionam a retomada das exportações nos portos brasileiros. Empresas correm para embarcar cargas antes das novas medidas comerciais.
Exportações brasileiras para os EUA com destaque para contêineres e transporte aéreo
A reação negativa as exportações brasileiras para os EUA começou logo após o anúncio das tarifas, em 9 de julho. (Imagem: Canva)

As exportações brasileiras para os EUA voltaram a ganhar força após o anúncio de que alguns produtos nacionais foram excluídos da nova imposição tarifária de 50% feita pelo governo norte-americano. Entre os produtos isentos da tarifa adicional, estão suco de laranja, celulose brasileira e exportação de petróleo, itens de forte peso no setor agroexportador. Como resultado, a retomada já movimenta os principais terminais do país.

Enquanto isso, empresas intensificaram os embarques acelerados com destino ao mercado americano, aproveitando a janela de isenção antes que novas medidas entrem em vigor. Segundo operadores logísticos, a movimentação nos portos indica um novo ciclo de pressão sobre a infraestrutura brasileira.

Exportações brasileiras para os EUA exigem reação rápida do setor

A reação negativa as exportações brasileiras para os EUA começou logo após o anúncio das tarifas, em 9 de julho. Diversas empresas buscaram redirecionar cargas, como carne brasileira, café e celulose, antes do início da cobrança em 1º de agosto. Por causa disso, o volume de embarques acelerados — especialmente de proteínas animais — cresceu 96% nas duas primeiras semanas do mês.

Além disso, o receio de que o curto prazo inviabilizasse ajustes nas rotas forçou decisões emergenciais. Terminais como o Porto de Santos passaram a operar em regime de urgência, o que gerou aumentos pontuais na capacidade de movimentação e mobilizou esforços em toda a cadeia logística.

Alguns setores ainda enfrentam barreiras comerciais

Mesmo com o alívio parcial, barreiras comerciais persistem para itens como café, tilápia e manga, que continuam sujeitos à tarifa de 50%. Para esses produtos, o desafio agora é acessar novos mercados, o que exige atender exigências sanitárias, logísticas e comerciais mais rígidas.

Por outro lado, especialistas veem a lista de produtos isentos como um passo positivo, ainda que limitado. No entanto, alertam que novas decisões abruptas do governo dos EUA podem gerar novos obstáculos. A falta de previsibilidade nas tarifas dos EUA afeta diretamente o planejamento estratégico das exportadoras brasileiras.

Tempo de navegação desafia estratégias logísticas

Apesar da isenção temporária, as exportações brasileiras para os EUA continuam pressionadas pelos prazos apertados. A próxima rodada de tarifas começa em 7 de agosto. Como a cobrança ocorre na chegada ao território americano, e não no embarque, o tempo de navegação se torna um fator crítico.

Portanto, o cronograma é restrito. Um navio que sai do Porto de Santos leva entre 14 e 18 dias até os EUA — e esse tempo pode chegar a 30 dias, dependendo da rota e das condições climáticas. Assim, a margem de manobra é mínima para produtos como o café nas exportações, que ainda enfrentam tarifas de importação.

Exportações brasileiras para os EUA seguem sob pressão estratégica

As recentes medidas de isenção tarifária criaram uma janela de oportunidade para alguns setores, mas também evidenciaram como o Brasil ainda depende de decisões externas. Por isso, o momento exige agilidade logística e vigilância constante sobre o cenário político e comercial.

Ao mesmo tempo, as exportações brasileiras para os EUA representam uma chance real de crescimento. Contudo, é essencial que governo e empresas — especialmente por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC)— atuem com precisão. Isso garantirá que o país preserve sua competitividade no comércio exterior, mesmo em meio à instabilidade.

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