Com um aporte de R$ 1 bilhão, o crédito do AgroAmigo promete transformar a vida de até 100 mil pequenos produtores rurais do Norte e do Centro-Oeste. A meta do governo é multiplicar por seis o microcrédito rural, ampliando o acesso a financiamento agrícola em regiões onde a inclusão financeira no campo ainda é limitada. No lançamento em Brasília nesta segunda-feira (25/08), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Valdez Góes, destacou que a medida é “um passo histórico” para a inclusão produtiva no campo.
Desconto para adimplentes no crédito do AgroAmigo
Operado em parceria com a Caixa Econômica Federal, o programa oferece condições inéditas: juros de apenas 0,5% ao ano e prazo de 36 meses para pagamento. O diferencial está no bônus de adimplência, que reduz de 25% a 40% o valor das parcelas.
Os limites de financiamento seguem o perfil do beneficiário:
- até R$ 15 mil para mulheres;
- até R$ 12 mil para homens;
- até R$ 8 mil para jovens de 18 a 29 anos.
No total, cada unidade familiar poderá acessar até R$ 35 mil em programas de crédito do governo, o que reforça o papel das políticas de desenvolvimento regional.
Crédito do AgroAmigo fortalece comunidades
Mais que números, o crédito do AgroAmigo financia investimentos que fortalecem a agricultura familiar e comunidades tradicionais. Os recursos podem ser aplicados em construção de reservatórios, sistemas de irrigação, compra de matrizes, recuperação de pastagens ou na montagem de pequenas agroindústrias.
Também cobre despesas de custeio, como compra de sementes, adubos e ração. Isso garante apoio direto a agricultores, pescadores artesanais, comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas da Amazônia. Para cooperativas e associações rurais, o acesso ao crédito pode significar maior autonomia e capacidade de negociação.
Expansão rápida e novos horizontes
Lançado em dezembro de 2024, o programa do AgroAmigo já financiou R$ 150,7 milhões em 12,8 mil operações. Agora, com o reforço bilionário, Pará, Acre e Amazonas despontam como estados com maior demanda. O financiamento agrícola tende a reduzir gargalos logísticos, ampliar a produção regional e atrair novos investimentos em propriedades rurais.