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Dólar hoje sobe para R$ 5,37 e pressiona Ibovespa após derrota fiscal do governo

O dólar subiu nesta quinta-feira (09/10) e fechou a R$ 5,37, acompanhando o fortalecimento da moeda americana no exterior. No Brasil, o mercado reagiu à queda da MP da taxação de investimentos e à pressão sobre Petrobras, enquanto o Ibovespa caiu 0,31%.
Notas de dólar espalhadas, ilustrando a cotação do dólar hoje em alta no mercado financeiro.
No Brasil, a elevação do dólar hoje refletiu o impacto da derrota do governo no Congresso. (Foto: Freepik)

O dólar hoje encerrou o pregão em alta de 0,61%, cotado a R$ 5,3754, após oscilar entre R$ 5,32 e R$ 5,38 ao longo do dia. No mercado futuro, o contrato para novembro subiu 0,70%, a R$ 5,4035. Além disso, o movimento global de valorização do dólar também influenciou o câmbio brasileiro.

Segundo João Oliveira, superintendente de câmbio da Moneycorp, a moeda norte-americana avançou frente a todas as divisas fortes após declarações da provável nova primeira-ministra do Japão, Sanae Takaichi, sobre a política monetária do país.

Fatores internos ampliam a alta do dólar

No Brasil, a elevação do dólar hoje refletiu o impacto da derrota do governo no Congresso. A rejeição da Medida Provisória 1303, que tratava da taxação de aplicações financeiras, gerou incerteza fiscal e reduziu o apetite ao risco.

A MP teria impacto de R$ 14,8 bilhões em 2025 e R$ 36,2 bilhões em 2026, conforme o Ministério da Fazenda. Dessa forma, investidores migraram para o dólar em busca de proteção. Além disso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que discutirá alternativas com sua equipe econômica na próxima semana.

Ibovespa cai pressionado por Petrobras e cenário doméstico

Enquanto o dólar hoje avançava, o Ibovespa caiu 0,31%, aos 141.708 pontos, pressionado por perdas de Petrobras e pelo ambiente político instável. O volume financeiro somou R$ 15,9 bilhões, segundo dados preliminares da B3.

O mercado também reagiu a um IPCA abaixo do esperado, o que reforçou dúvidas sobre os próximos passos do Banco Central (BC) na política de juros. Por conta disso, em meio a esse cenário, o BC vendeu 40 mil contratos de swap cambial para rolagem dos vencimentos de novembro, em tentativa de suavizar a volatilidade.

Tendências e análise do câmbio

O diretor de Política Monetária do BC, Nilton José David, afirmou que metade da valorização do real em 2025 decorre de fatores domésticos e metade do enfraquecimento global do dólar. Nesse contexto, a moeda americana tende a manter trajetória volátil, influenciada por fatores externos e ruídos fiscais internos.

Por fim, analistas projetam que o dólar hoje pode oscilar entre R$ 5,30 e R$ 5,45 nas próximas semanas, dependendo do avanço das negociações fiscais e da postura do Banco Central nos próximos comunicados.

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