Um leilão de dólar será realizado pelo Banco Central do Brasil (BCB), a partir desta segunda-feira (13/10), dividido em duas sessões com valor total de até US$ 1 bilhão. O objetivo é reforçar a liquidez no mercado cambial e reduzir a volatilidade do real frente ao dólar. As operações, conhecidas como leilões de linha, envolvem venda de moeda norte-americana com recompra futura.
As propostas serão recebidas entre 10h30 e 10h35. A liquidação das vendas ocorre em 4 de novembro, com recompras agendadas para 3 de fevereiro e 2 de abril de 2026. A taxa de câmbio de referência é a Ptax das 10h, que nesta manhã operava em torno de R$ 5,52. Segundo o BC, o objetivo é garantir o bom funcionamento do mercado cambial, reduzindo pressões momentâneas de demanda por divisas.
Leilão de dólar: o que é e como funciona
O leilão de dólar é uma ferramenta que o Banco Central utiliza para equilibrar a oferta e a demanda por divisas. Nesse modelo, o BC vende dólares ao mercado com compromisso de recompra futura, o que preserva as reservas internacionais e mantém a liquidez da economia.
Em geral, o leilão de dólar serve para:
- Garantir liquidez no mercado cambial;
- Suavizar oscilações na cotação do dólar;
- Reduzir o impacto da inflação importada em períodos de instabilidade global.
Leilão de dólar e impacto esperado
O Banco Central afirma que a atuação é preventiva e pontual, alinhada à estratégia de conter flutuações de curto prazo. O dólar vinha sendo negociado próximo de R$ 5,50, e a operação tende a aliviar a pressão sobre o real.
A realização de um leilão de dólar diminui o custo de captação em moeda estrangeira para bancos e importadores. Além disso, não interferem na política monetária e não afetam o nível das reservas internacionais.
Reflexos sobre inflação e confiança
O leilão de dólar influencia indiretamente a inflação, pois estabiliza o câmbio e limita o repasse de preços de combustíveis e produtos importados. Com o câmbio mais estável, o Banco Central mantém espaço para segurar a Taxa Selic em 15% e preservar a confiança na política monetária.
Por fim, o mercado acompanha se o BC repetirá a operação nas próximas semanas, caso o câmbio volte a oscilar. A ação desta segunda-feira reforça o compromisso da autoridade monetária com a liquidez e a estabilidade do real.