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Crescimento da construção civil recua a 1,3% em 2025, indica CBIC

O crescimento da construção civil foi revisado pela CBIC para 1,3% em 2025, abaixo da estimativa anterior de 2,3%. A Selic em 15% e a queda de 20,3% nos financiamentos imobiliários reduziram o ritmo do setor, que ainda opera acima do nível pré-pandemia. A CBIC prevê melhora gradual em 2026, com novas regras de crédito habitacional e expectativa de queda dos juros, fatores que podem reaquecer obras, lançamentos e geração de empregos.
Crescimento da construção civil em 2025 tem previsão reduzida.
Crescimento da construção civil tem projeção reduzida por Selic em alta. Foto: Elza Fiúza/Agência Brasil

O crescimento da construção civil no Brasil foi revisado para 1,3% em 2025, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), nesta segunda-feira (27/10). A projeção anterior, de 2,3%, foi reduzida por causa da Selic a 15%, que encarece o crédito e limita novos investimentos.

No entanto, mesmo com o recuo, o setor opera acima dos níveis pré-pandemia, sustentado por obras de infraestrutura e programas habitacionais que mantêm a base de atividade elevada. O PIB da construção caiu 0,6% no primeiro trimestre e 0,2% no segundo, mas cresceu 1,8% na comparação anual, sinalizando desaceleração e não retração.

Entenda a alta da Selic:

Crescimento da construção civil sofre com crédito caro e menos financiamentos

A alta dos juros impacta de forma direta o crédito imobiliário. Entre janeiro e agosto de 2025, os dados do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) mostram:

  • Queda de 20,3% no número de unidades financiadas, com 283,4 mil imóveis contratados no período;
  • Redução de 18% no volume total de recursos, que somou R$ 97,1 bilhões;
  • Desaceleração nos lançamentos privados, resultado do encarecimento do crédito e da menor capacidade de pagamento das famílias;
  • Maior cautela das construtoras, que adiam novos projetos diante do custo elevado de capital.

Esse cenário reflete o impacto direto da política monetária restritiva sobre o mercado imobiliário, comprimindo tanto a demanda por habitação quanto os investimentos em novas obras.

Ainda assim, o desempenho da construção civil se mantém resiliente, apoiado por obras públicas e empreendimentos de longo prazo. O nível de atividade médio do setor ficou em 47,2 pontos, o menor desde 2020, mas suficiente para preservar empregos e impulsionar cadeias produtivas associadas à indústria e aos serviços.

Avanço do setor depende de crédito e juros menores

Para 2026, a CBIC projeta recuperação gradual do setor. As novas regras de financiamento imobiliário com recursos da poupança devem injetar R$ 37 bilhões em crédito habitacional. Além disso, a expectativa de queda da Selic pode destravar novos projetos e ampliar o acesso à moradia.

Mesmo em ritmo menor, o crescimento da construção civil continua a sustentar o PIB brasileiro. Se o crédito se expandir e os juros recuarem, o avanço da construção civil tende a ganhar força, consolidando sua importância na geração de renda, emprego e infraestrutura no país.

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