A Ambev (ABEV3) divulgou nesta quinta-feira (30/10), os resultados financeiros para o terceiro trimestre de 2025 (3T25). Os dados confirmaram crescimento da rentabilidade mesmo com retração nas vendas. O lucro líquido ajustado foi de R$ 3,84 bilhões, alta de 7,4% ante 2024, enquanto o EBITDA ajustado subiu 2,9%, alcançando R$ 7,06 bilhões e margem de 33,9% (+50 pb).
O resultado reflete eficiência na gestão de custos e controle de despesas em um trimestre de desaceleração da indústria de bebidas, afetada por diversos fatores como a crise do metanol.
No relatório de desempenho trimestral, a Ambev relatou receita líquida orgânica aumentou 1,2%, totalizando R$ 20,85 bilhões, sustentada pelo crescimento de 7,4% no ROL por hectolitro, mesmo com queda de 5,8% no volume consolidado, para 42,4 milhões de hectolitros. Enquanto isso, a margem bruta avançou para 51,5%, impulsionada pela disciplina comercial e pela expansão de marcas premium.
Segundo o CEO Carlos Lisboa, “a execução consistente da nossa estratégia fortaleceu nossas marcas e resultou em crescimento de um dígito baixo do EBITDA Ajustado, com expansão de margem.”
Principais dados operacionais dos resultados Ambev 3T25
- Lucro líquido ajustado: R$ 3,84 bilhões (+7,4%)
- EBITDA ajustado: R$ 7,06 bilhões (+2,9%)
- Margem EBITDA ajustada: 33,9% (+50 pb)
- Receita líquida orgânica: R$ 20,85 bilhões (+1,2%)
- Volume total: 42,4 milhões hl (-5,8%)
- Margem bruta: 51,5% (+10 pb)
- Fluxo de caixa operacional: R$ 6,9 bilhões (-14,7%)
- Programa de recompra: até R$ 2,5 bilhões (208 milhões de ações)
Eficiência e margens em alta
Os resultados financeiros da Ambev no terceiro trimestre confirmaram o foco em otimização de custos e rentabilidade. O CPV por hectolitro subiu 7,7%, pressionado por câmbio e commodities, mas foi compensado por produtividade e redução de despesas. O SG&A caiu 0,8%, com menores gastos logísticos. A margem EBITDA consolidada avançou em todas as unidades de negócio, reforçando o efeito da gestão centralizada e do uso de dados em precificação.
Avanço do portfólio premium e digital no desempenho trimestral
No Brasil, as marcas premium e super premium, Stella Artois, Corona e Original, cresceram cerca de 15%, sustentando ganhos de mercado. Da mesma forma, o portfólio de balanced choices (Michelob Ultra e cervejas sem álcool) subiu 30%, compensando a queda do segmento tradicional. No exterior, América Central e Caribe tiveram EBITDA +8,5%, e Canadá, +2%, ambos com expansão de margem.
O consumo de cervejas sem teor alcoólico disparou em 2025 no Brasil, com um aumento de 40%, de acordo com dados recentes da Ambev publicados pelo portal Boa Notícia Brasil. No cenário global, a Corona Cero apresentou crescimento expressivo de 100% e foi escolhida como parceira oficial dos Jogos Olímpicos até 2028.
O ecossistema digital segue como alicerce da estratégia que guiou os resultados da Ambev no 3T25. O BEES Marketplace dobrou o volume de transações (GMV +100%) e atingiu 80% de clientes ativos, enquanto o Zé Delivery teve 11% mais usuários e 9% maior ticket médio. Essas plataformas reforçam a monetização e o vínculo direto com consumidores e pontos de venda.
Próximos passos da Ambev
Embora tenha apresentado menor geração de caixa, a companhia manteve robustez financeira e aprovou recompra de R$ 2,5 bilhões, após distribuir R$ 6 bilhões em dividendos. Assim, a Ambev entra no quarto trimestre com foco em rentabilidade, eficiência digital e consolidação do portfólio premium, buscando sustentar margens em um ambiente de custos e demanda ainda desafiador.
Para saber mais, acesse o press release completo com os resultados da Ambev no 3T25.
Confira também o calendário completo de divulgação dos resultados trimestrais das outras empresas da B3.

 
								 
											

 

 
 






