O mercado imobiliário de São Paulo registrou em setembro um dos avanços mais expressivos do ano, com alta de 28,3% nas vendas e 13,24% nas locações, segundo levantamento do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de São Paulo (CreciSP), divulgados recentemente. O resultado confirma a retomada do setor, sustentada pela estabilidade econômica e pelo aumento do crédito habitacional.
O relatório revela que o desempenho de setembro compensou as retrações registradas nos meses anteriores, com o volume acumulado de vendas subindo 14,65% no ano e o de locações alcançando 30,65%, o maior nível de 2025.
Principais variações no mercado imobiliário de São Paulo em 2025:
- Vendas: +14,65% até setembro.
- Locações: +30,65%.
- Melhor desempenho mensal do ano: setembro.
O levantamento sobre o mercado imobiliário ouviu 1.907 imobiliárias em todo o Estado de São Paulo. O relatório aponta que 66,3% das transações ocorreram por meio de financiamento bancário, sendo 52,7% via Caixa Econômica Federal e 13,6% por outros bancos. A modalidade à vista respondeu por 20,3%, enquanto parcelamentos diretos e consórcios representaram 12,2% e 1,3%, respectivamente.
Demanda do setor imobiliário paulista se expande nas regiões periféricas
Entre os imóveis vendidos, 59% foram apartamentos e 41% casas, com predominância de unidades de dois dormitórios. De acordo com o estudo do mercado imobiliário de São Paulo, a faixa se consolidou como preferência dos compradores e locatários.
Perfil predominante das unidades vendidas:
- Casas entre 51 m² e 100 m² (35%).
- Apartamentos até 50 m² (44,6%).
- Imóveis de 2 dormitórios lideram as vendas (64% dos apartamentos e 56% das casas).
A faixa de preço mais negociada no setor imobiliário ficou entre R$ 200 mil e R$ 300 mil, mas a pesquisa indica movimento relevante na faixa intermediária entre R$ 150 mil e R$ 200 mil, refletindo o peso da classe média no setor.
Faixas de maior liquidez em setembro:
- R$ 200 mil a R$ 250 mil: 21% das vendas.
- R$ 251 mil a R$ 300 mil: 10,7%.
- R$ 151 mil a R$ 200 mil: 15,3%.
De acordo com José Augusto Viana, presidente do CreciSP, “o desempenho reflete um momento de retomada consistente, especialmente no segmento de imóveis usados”.
Ele afirma que a combinação de crédito acessível, segurança jurídica e estabilidade macroeconômica tem estimulado novos negócios em todo o Estado. Portanto, beneficiando o mercado imobiliário de São Paulo.
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Locações mantêm ritmo de crescimento do mercado imobiliário
No segmento de locação, o mercado imobiliário de São Paulo também manteve forte expansão. Os contratos de aluguel entre R$ 1.000 e R$ 1.500 representaram 27,3% das novas locações, com 62,2% concentradas nas regiões periféricas.
O seguro-fiança liderou as garantias locatícias (38,2%), superando o fiador tradicional (30,8%) e o depósito caução (25,2%), o que indica maior profissionalização e busca por agilidade nas locações.
Já entre os cancelamentos registrados no setor imobiliário, 31,6% dos inquilinos migraram para imóveis mais baratos, enquanto 17,7% passaram a ocupar imóveis de valor superior.
Vendas estáveis e menor concessão de descontos
A pesquisa mostra ainda que 52,9% dos imóveis foram vendidos sem desconto, e 26,6% tiveram redução de até 5% no preço. Portanto, é um sinal de estabilização dos valores e maior poder de negociação dos vendedores.
Política de preços em setembro:
- 52,9% vendidos no valor anunciado.
- 26,6% com descontos de até 5%.
- Menos de 3% tiveram reduções acima de 15%.
Mercado de imóveis usados em São Paulo se destaca
O mercado de imóveis usados segue como principal propulsor da retomada.
“A consolidação do mercado de usados mostra um setor mais maduro, atento às demandas sociais e cada vez mais relevante para a economia do Estado”, afirmou o presidente do CreciSP.
Com o ritmo atual de vendas e locações, o mercado imobiliário paulista consolida um cenário de recuperação gradual, sustentado por crédito imobiliário e pela confiança do consumidor. O levantamento destaca que 48,9% das vendas e 62,2% das locações ocorreram em regiões periféricas, evidenciando a valorização de áreas com melhor infraestrutura e custo-benefício.
Nova dinâmica reforça confiança mercado imobiliário de São Paulo
Segundo a análise do CreciSP do setor imobiliário paulista, o resultado de setembro marca a inflexão da curva de retração observada no segundo trimestre, indicando que o crescimento é estrutural e não apenas sazonal.
Por fim, apesar da instabilidade econômica, a tendência no mercado imobiliário de São Paulo é de continuidade da expansão. Inclusive com impacto positivo sobre emprego, crédito habitacional e investimento na construção civil.










