A definição do novo CEO do Banco de Brasília BRB ganhou novo capítulo nesta quarta-feira (19/11), quando o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, confirmou a escolha de Nelson Antônio de Souza para assumir o comando do banco. A decisão ocorre poucos dias após o afastamento de Paulo Henrique Costa por 60 dias, medida tomada depois do avanço da Operação Compliance Zero, que investiga irregularidades relacionadas ao Banco Master.
A indicação final representou uma mudança de rota. O governador anunciou inicialmente Celso Elói para o comando do banco, mas depois decidiu substituí-lo e afirmou que a experiência acumulada por Souza no setor financeiro pesou mais neste momento. Ainda assim, Elói permanecerá na instituição, onde assumirá uma diretoria. A chegada do novo presidente do BRB, porém, ainda depende da aprovação do Banco Central e da Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Novo CEO do BRB e sua trajetória
A escolha recaiu sobre Souza por causa de seu extenso histórico no sistema financeiro. Ele integra os quadros da Caixa Econômica Federal desde 1979 e chegou à presidência da instituição em 2018. Além disso, também comandou o Banco do Nordeste e ocupou funções de liderança no Desenvolve SP e na Brasilcap. Antes da nomeação ao BRB, atuava como vice-presidente na Elo, empresa de meios de pagamento.
Ibaneis recuperou, inclusive, uma intenção antiga. Segundo ele, Souza era sua primeira opção para novo CEO do BRB em 2019, logo após a eleição. O governador afirmou que o executivo reúne a maturidade necessária para fortalecer a governança e apoiar ajustes internos enquanto o Banco de Brasília revisa controles e fluxos operacionais, em um ambiente que exige apuração rigorosa. Para a atual gestão, essa bagagem reforça a necessidade de estabilidade e direcionamento firme.
Novo presidente do BRB assume em meio ao caso Master
A troca ocorre durante um período de escrutínio ampliado. Antes de ser afastado, Paulo Henrique Costa informou ao Banco Central a identificação de divergências documentais em operações relacionadas ao Banco Master, instituição que teve liquidação extrajudicial decretada. Paralelamente, a Polícia Federal prendeu o controlador do Master durante a Operação Compliance Zero, que apura negociações de títulos de crédito falsos.
Esse contexto pressiona instituições financeiras a reforçar mecanismos de proteção, transparência e conformidade. A adoção de ajustes internos no BRB deve ocorrer em ritmo acelerado enquanto a nova chefia do BRB acompanha os desdobramentos da investigação e responde às exigências dos reguladores.
Entenda mais sobre o caso Master e seus impactos no vídeo abaixo:
Direção ajustada para fase de estabilidade institucional
Com a escolha do novo CEO do BRB, a reconfiguração no alto escalão insere o banco de Brasília em um momento decisivo. Com o setor financeiro sob atenção redobrada, a liderança do BRB passa a ser avaliada pela capacidade de conduzir revisões de governança e manter o diálogo com autoridades de supervisão.
Esse cenário, associado às apurações no caso Master, indica que a atuação de Souza tende a influenciar os próximos passos do banco de Brasília, especialmente na consolidação de práticas internas mais robustas e na preservação da confiança do mercado.











