Os investimentos em aeroportos no Ceará somaram R$ 144,2 milhões após o leilão do Programa AmpliAR, realizado na B3 pelo Ministério de Portos e Aeroportos, que transferiu à iniciativa privada dois terminais regionais estratégicos. A concessionária que administra o Aeroporto Internacional de Guarulhos assumirá os aeroportos de Cruz, que atende Jericoacoara, e de Aracati, porta de acesso a Canoa Quebrada, reposicionando esses ativos na agenda de infraestrutura e negócios do estado.
O aeroporto de Cruz, principal acesso aéreo a Jericoacoara, concentrará R$ 101,1 milhões, o segundo maior aporte individual do programa. Já o terminal de Aracati receberá R$ 43,1 milhões, com foco na retomada de operações comerciais regulares. Juntos, os projetos ampliam a presença de capital privado fora da capital Fortaleza e reforçam a lógica econômica da aviação regional.
Segundo o Ministério de Portos e Aeroportos, a estratégia busca usar investimentos em aeroportos como ferramenta para dinamizar economias locais. A pasta avalia que a entrada de uma operadora com experiência em Guarulhos eleva padrões técnicos e reduz riscos operacionais, o que tende a atrair companhias aéreas e operadores turísticos.
Investimentos em aeroportos e ativos regionais
No caso de Jericoacoara, o contrato prevê a construção de áreas de segurança de fim de pista e a ampliação do pátio de aeronaves. Essas obras ajustam o terminal a exigências técnicas mais rígidas e ampliam sua capacidade operacional. O prefeito de Jijoca de Jericoacoara, Leandro Cézar, afirmou que os aportes aeroportuários fortalecem a base econômica do turismo local.
Em Aracati, as intervenções incluem a ampliação do pátio e a reforma do terminal de passageiros. A prefeita Roberta Cardozo afirmou que a concessão amplia a capacidade de atrair voos e negócios, com efeitos que se estendem ao litoral leste e ao Vale do Jaguaribe.
Investimentos em aeroportos e estratégia privada
Para a GRU Airport, os investimentos em aeroportos no interior cearense fazem parte de uma estratégia de diversificação de ativos. Ao assumir terminais regionais, a concessionária amplia sua exposição a mercados turísticos e reduz a dependência de grandes hubs, segundo avaliação de agentes do setor.
A assinatura dos contratos deve ocorrer nos próximos meses. Após essa etapa, a empresa inicia o cronograma de obras e assume integralmente a operação dos terminais, consolidando a presença do capital em terminais aéreos fora dos grandes centros.
Expansão aeroportuária e negócios regionais
A leitura do mercado é que investimentos em aeroportos regionais tendem a destravar cadeias de valor ligadas a turismo, serviços e logística. No Ceará, a combinação de ativos turísticos consolidados e concessões estruturadas cria um ambiente favorável para novas rotas e maior circulação de capital privado.











