A greve dos Correios foi considerada legal e não abusiva pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que determinou, ainda assim, o retorno imediato dos funcionários às atividades. A decisão foi tomada nesta terça-feira (30/12) e incluiu a concessão de reajuste salarial de 5,10% aos trabalhadores da estatal.
O julgamento ocorreu após duas tentativas frustradas de conciliação, realizadas nos dias 26 e 29 de dezembro, quando as federações sindicais não chegaram a um acordo com a empresa. Nesse cenário, o TST optou por encerrar o impasse com uma decisão direta, garantindo o reajuste, mas restabelecendo o funcionamento pleno da operação postal.
Durante a paralisação, a greve dos Correios afetou o fluxo de entregas em 17 unidades da federação. Entre os estados impactados estão Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro. Além disso, o bloqueio logístico gerou atrasos em encomendas de fim de ano, com impacto direto no varejo e nas compras natalinas.
Greve dos correios: os números financeiros reforçam a pressão sobre a estatal
- R$ 6,1 bilhões em prejuízos entre janeiro e setembro de 2025
- Valor quase três vezes maior que o registrado no mesmo período de 2024
- Paralisações ampliaram gargalos operacionais e custos logísticos
Nesse contexto, a diretoria apresentou um plano de reestruturação baseado em um empréstimo de R$ 12 bilhões, que prevê o fechamento de 1.000 agências deficitárias e a abertura de um Programa de Demissão Voluntária (PDV) com potencial para desligar até 15 mil funcionários. A decisão do TST sobre a greve dos Correios encerra o conflito trabalhista imediato, mas mantém o desafio estrutural da empresa sob análise.











