A nova ferrovia no Sudeste avançou com a aprovação do projeto pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) e leilão previsto para (06/26). O investimento estimado soma R$ 6,6 bilhões e o traçado pode alcançar até 575 quilômetros, ligando o Rio de Janeiro ao Espírito Santo.
Batizada de Estrada de Ferro 118 (EF-118), a concessão prevê a conexão entre Nova Iguaçu (RJ) e Santa Leopoldina (ES). Com isso, a linha integrará o Porto do Açu às principais malhas ferroviárias do país, incluindo a Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e a rede operada pela MRS Logística.
Nova ferrovia no Sudeste e o desenho do projeto
A implantação da nova ferrovia no Sudeste ocorrerá por etapas. A fase inicial, considerada prioritária, terá 246 quilômetros de extensão e ligará São João da Barra (RJ) a Santa Leopoldina (ES). A conclusão desse trecho está projetada para 2035, segundo o cronograma oficial.
Um ponto decisivo para destravar o projeto foi a incorporação do Ramal Anchieta. O trecho, com cerca de 80 quilômetros, conecta Santa Leopoldina a Anchieta (ES) e garante a ligação direta com a EFVM. Antes, essa obra estava atrelada a obrigações da Vale.
Com a mudança aprovada pela ANTT, o futuro concessionário da EF-118 assumirá a construção do ramal. Parte dos recursos, porém, será assegurada pela mineradora, conforme os termos da repactuação contratual.
Nova ferrovia no Sudeste e a conta do investimento
O modelo financeiro da nova ferrovia no Sudeste combina diferentes fontes. A repactuação do contrato da MRS Logística responderá por R$ 2,8 bilhões. Já a renovação da concessão da Rumo Malha Paulista garantirá R$ 502,5 milhões.
Além disso, a Vale aportará R$ 826,1 milhões para viabilizar o conjunto das obras. O restante completa o investimento total estimado em R$ 6,6 bilhões. Os aditivos contratuais foram aprovados pela diretoria da ANTT e seguem agora para análise do Tribunal de Contas da União (TCU).
Anel ferroviário do Sudeste e os efeitos logísticos
A nova ferrovia no Sudeste cria uma rota adicional para o escoamento de cargas agrícolas e minerais. Ao integrar portos e ferrovias existentes, o projeto tende a reduzir gargalos e custos logísticos no eixo RJ–ES. A expectativa é que a concessão amplie a eficiência do transporte de cargas no Sudeste, com impactos diretos sobre exportações e cadeias produtivas regionais.











