A concessionária de energia Light entregou seu pedido de recuperação judicial. A alternativa foi antecipada pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, em abril. No entanto, a companhia confirmou, nesta sexta-feira (12/05), que as obrigações somam cerca de R$ 11 bilhões, aproximadamente R$ 7 bilhões estão com detentores de debêntures e R$ 3,1 bilhões em títulos de dívida no exterior (bonds).
Por meio de fato relevante, a Light diz que vinha avaliando alternativas e empreendendo esforços na busca do equacionamento de obrigações financeiras. “Inclusive mediante tratativas com certos credores no âmbito de procedimento de mediação devidamente instaurado e em curso na presente data”. No entanto, a Light cita que a situação se agravou, “embora siga avançando nas negociações”.
O pedido segue-se a uma tentativa de mediação forçada com credores, levada à Justiça pelos escritórios Salomão, Kaiuca, Abrahão, Raposo Cotta e pelo Galdino & Coelho, que também suspendia as cobranças por 30 dias. Uma das dificuldades de avançar nas negociações é o fato de que alguns grupos não quiseram assinar acordos de confidencialidade que lhes permitiria ter acesso a informações mais completas sobre a companhia.
Os credores também já vinham irritados com o fato de a Light suspender os pagamentos de obrigações com debêntures, afetando o recebimento de cerca de R$ 400 milhões.
Portanto, a necessidade de “tomada urgente de outras medidas que possam protegê-las até que seja possível implementar o referido equacionamento do seu endividamento e a readequação da sua estrutura de capital, com a proteção e manutenção dos serviços prestados no âmbito das concessões de titularidade do Grupo Light, compreendendo obrigações de cerca de R$ 11 bilhões, revela-se, neste momento, como a medida mais adequada para a persecução de tais objetivos”, diz a companhia.










