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Nova aliança para minerais críticos: G7 busca reduzir dependência da China

O G7 deve anunciar, em 31/10, a criação de uma nova aliança para minerais críticos durante reunião em Toronto. O pacto busca reduzir a dependência global da China e criar cadeias de suprimento alternativas para metais estratégicos como lítio, níquel e terras raras, essenciais à transição energética.
Nova aliança para minerais críticos reúne países do G7 em estratégia para reduzir dependência global da China.
Líderes do G7 devem anunciar em Toronto, em 31/10, uma nova aliança para minerais críticos, voltada a reduzir a dependência global da China em insumos estratégicos. (Imagem: Divulgação)

O G7 deverá anunciar a criação de uma nova aliança para minerais críticos, grupo de recursos minerais essenciais para a indústria e a transição energética, nesta sexta-feira (31/10). A iniciativa integra uma ação conjunta para diminuir a dependência global da China no fornecimento de insumos estratégicos. Segundo apurou a Bloomberg, o pacto deve ser apresentado ao fim da reunião dos ministros de Energia, em Toronto (Canadá), e prevê acordos de cooperação e fornecimento entre as sete maiores economias ocidentais — Estados Unidos, Canadá, Reino Unido, Alemanha, França, Itália e Japão.

O que são minerais críticos

Os minerais críticos são matérias-primas consideradas essenciais para a economia moderna e de difícil substituição. Eles incluem lítio, níquel, cobalto e terras raras, usados na fabricação de baterias, semicondutores, motores elétricos e turbinas eólicas. A importância desses insumos cresceu com a expansão da inteligência artificial, veículos elétricos e tecnologias verdes, tornando-os estratégicos para a segurança energética e industrial de diversos países.

Leia Também: Ilha reivindicada pelo Brasil pode ampliar soberania e acesso a minerais estratégicos

Nova aliança para minerais críticos reforça segurança energética

Segundo fontes ouvidas pela Bloomberg, a iniciativa busca criar cadeias de suprimento alternativas para metais críticos e outros insumos essenciais à transição energética, como lítio, níquel, cobalto e terras raras.

“O objetivo é diversificar a origem dos minerais críticos que sustentam a economia verde e a inovação tecnológica”, afirmou um alto funcionário do governo americano ao site.

A medida surge em resposta ao domínio chinês sobre o setor, que suscitou alerta do Fundo Monetário Internacional (FMI) quanto aos possíveis impactos para a economia global. A China controla cerca de 90% da produção global de ímãs de terras raras, utilizados em semicondutores, baterias e motores elétricos. Com o boom das novas tecnologias, principalmente inteligência artificial, esses minerais se tornam cada vez mais críticos para a produção de componentes eletrônicos.

Desde 2024, o país vem ampliando restrições de exportação e exigindo licenças detalhadas para envio de metais e equipamentos ao exterior. As medidas tem provocado escassez temporária de insumos na Europa e nos Estados Unidos.

Expectativas para o pacto do G7

Com o possível anúncio de uma nova aliança para minerais críticos, o encontro do G7 em Toronto pretende estimular investimentos em mineração e refino fora da Ásia. Assim, a iniciativa buscará reduzir riscos de interrupção de suprimentos e reforçar a segurança energética das economias ocidentais. A proposta inclui fundos multilaterais e garantias de compra antecipada para atrair novos produtores.

Analistas avaliam que o pacto pode inaugurar uma reorganização global das cadeias de valor, embora a substituição da capacidade chinesa leve anos. A expectativa é também inclusão de países como Austrália, Brasil e Chile em etapas futuras do projeto. Dessa forma, a aliança ampliaria a oferta de minerais estratégicos e fortaleceria a autonomia do Ocidente.

A nova aliança, portanto, é sinal de uma estratégia mais ampla do G7 para equilibrar o poder industrial global. Ainda, deve ajudar a garantir acesso estável a recursos indispensáveis à transição energética e tecnológica.

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