A Fundação Getúlio Vargas (FGV), informou nesta quarta-feira (17/05), que o Índice Geral de Preços – 10 (IGP-10) teve queda de 1,53% em maio, ante retração de 0,58% em abril. O resultado ficou abaixo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo Projeções Broadcast, que esperavam uma queda entre 1,45% e 0,20%, com mediana negativa de 1,19%.
A deflação maio foi mais intensa que a esperada pelo consenso Refinitiv, que apontava para uma queda de 1,15% na comparação mensal. Em maio de 2022, o índice havia subido 0,10% no mês e acumulava elevação de 12,13% em 12 meses.
O IGP-10 acumulou um recuo de 1,99% no ano. A taxa acumulada em 12 meses ficou negativa em 3,49%. O período de coleta de preços para o indicador de maio foi do dia 11 de abril a 10 deste mês. Apesar da pressão do aumento de preços dos alimentos (1,04%), o recuo nas passagens aéreas (-8,98%) ajudou a impedir uma aceleração maior da inflação ao consumidor medida pelo IGP-10 de maio.
Em nota, André Braz, coordenador dos índices de preços, o IGP-10 registrou a maior deflação entre as taxas mensais e interanuais, desde setembro de 1993, quando iniciou a sua série histórica. “O aprofundamento da deflação do IPA foi impulsionado pelo comportamento dos preços do minério de ferro (de 0,58% para -11,50%), da soja (de -7,63% para -10,41%) e do milho (de -2,61% para -12,48%)”, afirmou.
- IPA: O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 2,25% em maio, ante retração de 0,96% em abril. Na análise por estágios de processamento, os preços dos Bens Finais variaram de +0,51% em abril para +0,29% em maio. A principal contribuição para este resultado partiu do subgrupo alimentos processados, cuja taxa passou de +0,08% para -0,54%.
- INPC: Já o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,60% em maio, ante variação de 0,57% em abril. As principais contribuições para este movimento partiram dos itens hortaliças e legumes (de -2,06% para +8,71%), medicamentos em geral (0,75% para 3,16%), tarifa de telefone móvel (0,40% para 3,25%), jogo lotérico (0,00% para 4,59%) e calçados (0,30% para 1,24%).
- INCC: O Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,09% em maio. No mês anterior, a taxa foi de 0,22%. Os três grupos componentes do INCC registraram as seguintes variações na passagem de abril para maio: Materiais e Equipamentos (de -0,14% para 0,11%), Serviços (1,07% para 0,42%) e Mão de Obra (0,38% para 0,01%).










