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Retrofit: Revitalização do centro de São Paulo atrai a elite paulistana de volta a endereços históricos

O programa de revitalização do centro de São Paulo, através da Lei do Retrofit, completa dois anos em julho e atraindo a elite paulista.
Edifício 7 de Abril (Foto: Divulgação/ Metaforma)

O programa de revitalização do centro de São Paulo, através da Lei do Retrofit, completa dois anos em julho e está atraindo a elite paulista de volta a endereços históricos. Impulsionadas pela infraestrutura urbana dos bairros Sé, República e Bela Vista, e pelos incentivos fiscais do Programa Requalifica Centro, as incorporadoras estão investindo na conversão de edifícios em residenciais de alto padrão ou em empreendimentos mistos.

Programa Requalifica Centro

A Prefeitura de São Paulo sancionou em 2021 a lei que criou o Programa Requalifica Centro. O projeto estabelece incentivos fiscais para estimular a revitalização (retrofit) de prédios antigos da região central e sua transformação em edifícios habitacionais. O objetivo é adensar a área e resgatar a vocação da região ao criar um ambiente atraente para investimentos.

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A concessão de incentivos fiscais é apenas a primeira etapa desse programa de retrofit. Após a sanção da lei, a Prefeitura trabalhará na edição de um decreto para desburocratizar e agilizar o processo de aprovação desses projetos. O Município também elaborará parcerias junto à sociedade civil para incentivar a requalificação de prédios antigos.

Para isso, o projeto propõe uma série de incentivos fiscais a essas edificações, como remissão dos créditos de IPTU, isenção de IPTU nos três primeiros anos a partir da emissão do certificado de conclusão de obra, aplicação de alíquotas progressivas do imposto pelo prazo de cinco anos após a isenção descrita acima, redução para 2% da alíquota de ISS para os serviços relativos à obra de requalificação, entre outros.

Adensar o centro e melhorar a vida de quem já mora na região são diretrizes da gestão municipal. O Programa Requalifica Centro é parte de um projeto maior para a área, que envolve diversas outras ações, como a reforma do Vale do Anhangabaú, a troca do piso dos calçadões, a criação de um polo cultural e boêmio (Triângulo SP), entre outras

Confira AQUI dados da lei.

Revitalização do Edifício 7 de Abril: Preservando a história e transformando em condomínio residencial

A Metaforma, por exemplo, assumiu a revitalização arquitetônica e urbanística do icônico Edifício 7 de Abril, inaugurado em 1939 pelo escritório Ramos de Azevedo & Severo Villares. Conforme publicado pela Folha de São Paulo, o objetivo é transformá-lo em um condomínio residencial. O 7 de Abril tem um lugar na memória dos paulistanos por ter sido a sede da CTB (Companhia Telefônica Brasileira) e da Telesp no século passado.

Localizado no número 177 da rua Basílio da Gama, próximo ao Copan e ao Edifício Itália, o imóvel de estilo art déco foi construído pelo escritório de arquitetura mais moderno da cidade nas últimas décadas do século 19 e nas três primeiras décadas do século 20. Esse mesmo escritório projetou o Theatro Municipal de São Paulo e o Mercado Municipal. O prédio foi tombado em 1992 e sua fachada não pode ser alterada, mas passará por uma transformação completa em seu interior, preservando sua história.

A proposta é resgatar a central telefônica do início do século passado e os equipamentos de ligações interurbanas, expondo-os no térreo, onde também será criada uma galeria com food hall aberta ao público. Através dessa galeria, será possível atravessar as ruas 7 de Abril e Basílio da Gama dentro do próprio Basílio 177. O condomínio terá mais de 35 mil m² de área construída e 22.400 m² de área privativa, distribuídos em três torres com entrada única.

No paisagismo, assinado pela Cardim Arquitetura Paisagística, os moradores e pedestres poderão desfrutar de uma vegetação nativa de mata atlântica, incluindo um jequitibá rosa, que será plantado na praça central. A Metaforma afirma que 60% do público interessado em adquirir uma unidade no Basílio 177 deseja morar, ou voltar a morar, na região central, e possui entre 29 e 40 anos de idade. São pessoas em busca de design exclusivo e boa arquitetura. O condomínio terá 274 apartamentos, com cerca de cem tipos de plantas diferentes devido à adaptação de um prédio comercial para residencial. As unidades variam de 35 m² a 77 m² para apartamentos de um dormitório, e de 70 m² a 130 m² para apartamentos de dois quartos. Os preços começam a partir de R$ 1,3 milhão.

Retrofit do Edifício Antonio de Queiroz Telles: Apartamentos para aluguel e espaços comuns modernos

Em parceria com a Gazit, a Yuca realizou a revitalização e gestão do Edifício Antonio de Queiroz Telles, construído na década de 1970 e localizado na rua Xavier de Toledo, próximo ao Shopping Light, na região da República. O antigo edifício passou por uma transformação significativa, convertendo as lajes de 180 m² de cada um dos dez andares em 79 estúdios com tamanhos de até 28 m². Além disso, foram realizadas reformas nas instalações elétricas e hidráulicas.

Os apartamentos no edifício serão destinados para aluguel, com preços a partir de R$ 2.300. O prédio passou por uma modernização completa, incluindo a criação de espaços comuns como um coworking multifuncional, salas acústicas para reuniões, um solarium na cobertura, academia, sala de ioga, bicicletário e um sistema de segurança eletrônico. A Gazit investiu R$ 15 milhões na revitalização do edifício.

Os moradores do Yuca Solarium terão a vantagem de descontos ao realizar compras no Shopping Light, que também é administrado pela Gazit. O shopping, construído em 1929 como sede da companhia de energia elétrica Light e projetado pelo escritório de Ramos de Azevedo, está situado no icônico prédio Alexandre Mackenzie. Em 2015, a Gazit adquiriu o prédio por R$ 140 milhões, marcando sua oitava aquisição imobiliária no Brasil.

Retrofit do Edifício Virginia Matarazzo: Integração entre arquitetura, urbanismo e economia criativa

Originalmente projetado pelo arquiteto José Augusto Bellucci para Virginia Matarazzo Ippolito, o edifício possuía quatro apartamentos por andar, com tamanhos variando entre 160 m² e 180 m². O projeto de retrofit tem como objetivo transformar esses espaços em 121 apartamentos, com metragens que variam de 26 m² a 182 m², com um valor médio de R$ 13 mil.

A incorporadora planeja a inclusão de três lojas no térreo, voltadas para gastronomia e o mercado criativo, além de um restaurante localizado na cobertura. As obras ainda não tiveram início, mas a empresa almeja que o antigo imóvel da família Matarazzo se torne um exemplo de integração entre arquitetura, urbanismo e economia criativa.

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