O acordo entre Mercosul e UE é apontado como uma chave para a melhoria das relações comerciais bilaterais, de acordo com a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a BusinessEurope. Na segunda-feira (12/06), ambas as entidades emitiram uma declaração conjunta, defendendo o fortalecimento desse acordo como uma das principais prioridades políticas para Brasil e União Europeia.
Este apoio surge em um momento importante, considerando a presidência temporária do Brasil no Mercosul no segundo semestre e a presidência do Conselho Europeu pela Suécia, com a Espanha assumindo a partir de julho. Ambas as lideranças são conhecidas por apoiarem o tratado, o que, segundo as entidades, abre uma janela de oportunidade para avanços significativos rumo à ratificação do acordo que foi negociado durante duas décadas, finalmente sendo acertado em junho de 2019.
Com um foco adicional em desenvolvimento sustentável, a CNI e a BusinessEurope estão pedindo aos negociadores flexibilidade em relação à criação de novas regras. A ideia é atingir um equilíbrio que beneficie todas as partes envolvidas, promovendo um progresso socioeconômico responsável.
O acordo entre Mercosul e UE, ressaltam as entidades, é crucial para impulsionar o comércio e os investimentos, levando-os a um novo patamar. Apesar das relações já serem sólidas, acredita-se que o seu potencial ainda não foi completamente explorado.
As entidades ainda expressam preocupações com os desafios globais, como o crescente protecionismo, marcado por aumentos nos preços da energia, gargalos nas cadeias de suprimentos e atritos geopolíticos. Nesse contexto, o fortalecimento do acordo entre Mercosul e UE surge como uma estratégia crucial para a promoção de um comércio internacional mais equilibrado e resiliente.
