No mês de maio deste ano, o Tesouro Direto apresentou saldo positivo de R$ 1,757 bilhões, com as vendas superando os resgates. Os números foram divulgados pelo Tesouro Nacional na terça-feira (27), com as vendas totalizando R$ 4,314 bilhões e os resgates somando R$ 2,556 bilhões. Desse total, R$ 2,442 bilhões foram de recompras de títulos públicos e R$ 114,1 milhões de vencimentos.
Os títulos corrigidos pela taxa básica de juros, a Selic, foram a escolha de 61,7% dos investidores, seguidos dos títulos vinculados à inflação com 25% e os títulos prefixados com 13,3%.
O estoque total do Tesouro Direto atingiu R$ 116,1 bilhões no final de maio, um aumento de 2,5% em relação ao mês anterior e 26,7% em comparação com maio do ano anterior.
Houve uma entrada de 311.827 novos investidores no programa em maio, aumentando o total para 24.333.855, um crescimento de 28,4% em 12 meses. Os investidores ativos – aqueles com operações em aberto – chegaram a 2.210.657, um acréscimo de 11,9% em um ano.
Os dados destacam a preferência dos pequenos investidores pelo Tesouro Direto, já que 81,8% das operações (624.762 no total) envolveram vendas de até R$ 5 mil. A fatia de operações com investimento de até R$ 1 mil atingiu 59,2% desse número.
Títulos de médio prazo foram preferidos, com vendas de títulos de um a cinco anos representando 36,4% do total, enquanto títulos de cinco a dez anos abarcaram 46,5%. Papéis com prazo superior a dez anos alcançaram 17,1% das vendas.
Desde sua criação em 2002, o Tesouro Direto tem democratizado a compra de títulos públicos, permitindo que pessoas físicas adquiram esses títulos diretamente do Tesouro Nacional via internet.
A venda de títulos é uma maneira crucial do governo arrecadar fundos e pagar suas dívidas. Em troca, o Tesouro Nacional se compromete a devolver o valor investido com um adicional baseado na Selic, nos índices de inflação, no câmbio ou em uma taxa predefinida no caso dos papéis prefixados.