A dívida pública federal do Brasil apresentou uma redução de R$ 49,24 bilhões no mês de julho.Com isso, acabou fechando o período em R$ 6,14 trilhões, de acordo com o Tesouro Nacional. Essa queda representou uma diminuição de 0,8% em relação ao mês anterior, um impulso pelo volume significativo de resgates líquidos de títulos emitidos, totalizando R$ 92,68 bilhões.
Durante o mesmo período, a emissão de títulos alcançou R$ 134,4 bilhões, enquanto os resgates somaram R$ 227,08 bilhões. A Dívida Pública Mobiliária Federal Interna (DPMFi) registrou uma redução de 0,74%, caindo de R$ 5,95 trilhões para R$ 5,91 trilhões. Esse fato ocorreu devido ao resgate líquido de R$ 89,86 bilhões. A apropriação positiva de juros, no valor de R$ 45,70 bilhões, contribuiu parcialmente para neutralizar essa queda.
Quanto à Dívida Pública Federal Externa (DPFe), houve uma redução de 2,17% em relação ao estoque de junho, totalizando R$ 228,96 bilhões em julho. Desse montante, R$ 192,07 bilhões referem-se à dívida mobiliária e R$ 36,89 bilhões à dívida contratual.
Roberto Lobarinhas, coordenador de operações da Dívida Pública do Tesouro Nacional, destacou que a queda no custo médio de emissões da DPMFi foi influenciada pela atuação atores políticos. Segundo o Tesouro, agosto foi marcado por uma maior aversão ao risco, com quedas nas bolsas e aumento das taxas de juros.
Dados mais fracos de índice de gerentes de compras (PMI) nos EUA e na Europa trouxeram um certo alívio. Entretanto,o mercado ainda mostra um cenário de juros altos por um período prolongado, conforme apontado no relatório do Tesouro Nacional.