As cooperativas de crédito estão reformulando o cenário financeiro brasileiro, com um impressionante crescimento que as posiciona entre as principais instituições financeiras do país. Com uma presença física cada vez mais forte e uma participação ativa na futura versão digital do Real, estas instituições estão superando até mesmo bancos tradicionais em termos de volume de ativos.
Avanço Competitivo
Em março, essas cooperativas detinham 6,9% dos R$ 4,8 trilhões em depósitos no Brasil, segundo o Banco Central. Este número, embora ainda atrás dos bancos, supera os depósitos combinados em outras instituições financeiras, incluindo as fintechs mais populares. A presença física é um fator chave, com 2,3 mil agências abertas desde 2019, enquanto bancos tradicionais fecharam 2,7 mil.
Modelo Cooperativo
O modelo das cooperativas de crédito se baseia na participação de membros, ou cooperados, que contribuem financeiramente e compartilham igualmente os lucros anuais. Isso as diferencia dos bancos tradicionais, focados primariamente no lucro. As cooperativas operam em redes, como o Sicoob e o Sicredi, ampliando seu alcance e serviços.
Vantagens Estratégicas
A isenção de tributos sobre os resultados é uma vantagem competitiva das cooperativas em relação aos bancos tradicionais, permitindo-lhes expandir e oferecer serviços mais competitivos. Além disso, a transição de um foco em produtores rurais para um público mais amplo ampliou a gama de produtos e serviços oferecidos, tornando qualquer pessoa elegível para abrir uma conta.
Crescimento Sustentado
Este crescimento sustentado das cooperativas de crédito no Brasil sinaliza uma mudança significativa no mercado financeiro, desafiando a predominância dos bancos tradicionais e fornecendo uma alternativa viável para clientes em busca de serviços financeiros mais inclusivos e equitativos. A expansão dessas instituições reflete não apenas uma mudança nas preferências dos consumidores, mas também a eficácia de um modelo baseado na cooperação e no compartilhamento equitativo dos lucros.
