As micro e pequenas empresas (MPEs) continuam a desempenhar um papel fundamental na criação de empregos com carteira assinada no Brasil, com 79,8% das vagas abertas no país em julho sendo geradas por esses pequenos negócios. Isso equivale a um total de 113,8 mil postos de trabalho de um total de 142,7 mil, revela um levantamento realizado pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Esses números representam uma média de 3.670 vagas formais criadas todos os dias em julho pelas MPEs, mostrando o impacto importante desses empreendimentos na economia do país.
A liderança das MPEs na geração de empregos é ainda mais evidente quando comparada às médias e grandes empresas (MGEs). Enquanto as MPEs contribuíram com 79,8% das novas vagas, as MGEs foram responsáveis por apenas 13,5% (19.229 empregos) do total.
Os dados do Sebrae se baseiam nas informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego. Essa tendência positiva nas contratações pelas MPEs é notável, com julho marcando o sétimo mês consecutivo de resultados positivos.
Setores em Destaque
Os setores de serviços, construção e comércio lideraram a abertura de empregos nas MPEs em julho, contribuindo com 46,7 mil, 26,1 mil e 25 mil vagas, respectivamente. As atividades que mais se destacaram incluem a construção de edifícios, restaurantes e estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas, e o transporte rodoviário de carga.
Enquanto isso, nas MGEs, a indústria de transformação, serviços e agropecuária concentraram a abertura de vagas com carteira assinada.
No acumulado de 2023, as MPEs continuam liderando a geração de empregos formais, contribuindo com 70,8% do total de 1,1 milhão de empregos criados no Brasil. Esse número representa 825,4 mil empregos gerados pelas micro e pequenas empresas, em comparação com os 16,4% atribuídos às médias e grandes empresas. A tendência destaca o papel crucial das MPEs na recuperação econômica e na criação de empregos no país.
Desemprego
A queda na taxa média de desemprego no Brasil permaneceu no trimestre encerrado em julho, diminuindo para 7,9%, conforme os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), divulgada pelo IBGE. Esse valor é 0,6 ponto percentual menor em comparação ao trimestre de fevereiro a abril, e 1,2 ponto percentual abaixo do mesmo período em 2022.