A Petrobras anunciou o protocolo do pedido de licenciamento ambiental para instalação de estruturas de energia eólica offshore em dez áreas marítimas do Brasil. O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) recebeu o pedido.
Com esse passo, a Petrobras se torna a empresa com o maior potencial de geração de energia eólica offshore no país. Mais cedo, a companhia também anunciou uma parceria com a WEG para desenvolver um aerogerador de 7 megawatts de capacidade instalada.
“Com esse anúncio, a Petrobras assume hoje o papel de maior desenvolvedora de projetos de energia eólica do Brasil. Energia eólica: a Petrobras chegou! E chegou chegando”, declarou Jean Paul Prates, presidente da empresa, durante o evento WindPower, realizado na São Paulo Expo.
As áreas marítimas abrangem regiões do Nordeste, Sudeste e Sul, totalizando uma capacidade de 23 GW (gigawatts). Entre elas, três no Rio Grande do Norte, três no Ceará, e outras em estados como Maranhão, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
O destaque da energia eólica offshore fica para a área no Rio de Janeiro, com profundidade d’água superior a 100 metros, impossibilitando o uso de fundações fixas. Nesse caso, serão necessárias instalações flutuantes, uma tecnologia em desenvolvimento pela Petrobras em colaboração com a Universidade de São Paulo (USP).
Maurício Tolmasquim, diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, afirmou sobre a energia eólica offshore: “A Petrobras chegou na área de éolica e veio para ficar e transformar o Brasil”.
Atualmente, tramita no Congresso Nacional uma discussão sobre a regulamentação deste mercado. A Petrobras só terá direitos sobre as áreas após essa regulamentação. O presidente da Petrobras espera que até o final do ano haja a aprovação, pois, como ressaltou, “o mar não é privado”.